66 - CASA COMIGO.

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Eu odeio você...

Los Angeles 17:38Três meses depois

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Los Angeles 17:38
Três meses depois.

   Durante todo o processo sobre a guarda da Molly, as circunstâncias sempre estiveram favoráveis ao meu favor, mas isso so foi possível porque meu pai foi afundo, cobrou favores e só Deus sabe o que mais ele fez para adiantar muitas fases do processo, porém não foi ele que cuidou diretamente do caso. Ele achou melhor não se envolver para que não fosse mau visto aos olhos do advogado de Ashley que entrou com tudo para conseguir a guarda da Molly, porém meu pai quebrou seu juramento e agiu por debaixo dos panos e conseguiu me por na lista. Um processo que deveria demorar pelo menos seis meses foi realizado em uma semana.

   Eu havia entrado na lista e a mim foi apresentado inúmeras criança, mas isso aconteceu através de fotos, Molly estava entre elas, no entanto eu nem me dei o trabalho de ver todas as fotos. Eu estava lá apenas por uma criança, então não havia motivos para enrolação. Nesses longos meses foi difícil encontrar desculpas para ir nas reuniões, palestras sem que Park desconfiasse. Ela não me fez muitas perguntas, mas algumas vezes deixou no ar que eu estava muito misterioso, mas eu e meu pai achamos melhor não contar nada a ela. Pelo menos não até termos uma conclusão sobre a adoção de Molly.

   Apesar das minhas chances serem boas, meu pai disse que nessas situações muita coisa poderia acontecer e Park não precisava de mais uma coisa na cabeça. O advogado Maximiliano, amigo do meu pai, veio de Portugal para dar início a todo processo. Uma investigação foi iniciada e através dela foi descoberto que Ashley é dependente química. Essa descoberta explica seus movimentos de mãos e as pupilas dilatadas que eu presenciei na lanchonete. Como se isso não fosse o bastante ela começou a vender o seu corpo para conseguir drogas e alguns dolores. Foi horrível descobrir isso sobre ela, mas vida dela mudou muito após a nossa separação.

   O que era pra ser um processo de adoção bem simples, se tornou um processo judicial no qual ambos de nós tivemos que dar o nosso melhor para provar ao juiz quem de nós dois era capaz de ficar com a criança. De um lado estava a mãe biológica e do outro lado estava eu. Um homem solteiro. Não foi nada fácil, mas o testemunho dos pais e dos padrinhos dela foram decisivos ao meu favor. Eu fiquei paralisado ao ouvir de seus padrinhos que não queriam a menina e disseram com todas as letras para o juiz que Ashley era incapaz de criar a menina e ela só estava naquela audiência por vingança.

   Ouvir tudo que cada um disse naquela sala, foi nojento, eu estava louco para que tudo aquilo acabasse, mas eu o que mais me incomodava era o fato de estar mentindo para Park sobre o que realmente eu estava fazendo. Maximiliano me garantiu que o processo estava ganho, mas se os avós maternos de Ashley dissessem que queriam a menina, todo aquele esforço teria sido em vão, mas graças a Deus a cada um deles se recusaram a ficar com ela, mas não por falta de afeto e sim por já estarem idosos e não terem condições financeiras para cuidar da criança. Já os padrinhos não queriam mesmo pelo fato de Molly ser filha de um viciado.

DEPOIS DA TRAIÇÃO [ CONCLUÍDO ]Where stories live. Discover now