Capítulo 38

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- Mãe! - Ela começou a rir enquanto me empurrava para fora da cozinha, depois que eu e Fernanda explicamos como nos conhecemos inesperadamente nos entenderam e pediram para tomarmos cuidado, também fizeram questão de ressaltar que só aceitaram tão...

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- Mãe! - Ela começou a rir enquanto me empurrava para fora da cozinha, depois que eu e Fernanda explicamos como nos conhecemos inesperadamente nos entenderam e pediram para tomarmos cuidado, também fizeram questão de ressaltar que só aceitaram tão bem porque já vou fazer dezoito e só querem a minha felicidade.

- Vamos logo, seu pai deve estar amedrontando sua namorada, isso se ela já não saiu correndo. - Arregalei meus olhos ao lembrar de Fernanda e andei a passos largos até a sala. Mas para a minha surpresa, os dois estavam rindo e se divertindo juntos.

- Do que estavam falando? - Perguntei e me sentei ao lado da morena, no sofá, peguei sua mão e entrelacei nossos dedos em seguida.

- Seu pai estava me contando umas histórias suas de quando era pequena. - comentou ainda rindo.

- Ai eu não acredito, pai! Eu já falei pra você parar de ficar contando essas histórias pra toda garota que eu trago aqui em casa!

- Querida, você sabe que é trabalho dos pais fazer isso.

- É, mas não precisa levar a sério. - Bufei. Senti Fernanda acariciar minha mão e eu relaxei na hora. Meu pai continuou rindo, ele sabia que eu não estava brava de verdade.

- Eu adoraria ficar para conversar mais, mas eu preciso ir embora, está tarde.

- Por isso mesmo, está tarde, você deveria ficar. - Falei a olhando nos olhos.

- Pitel, eu não sei... - Falou meio hesitante.

- Fernanda, tudo bem você ficar, Pitel tem razão está tarde já. Você pode ficar no quarto de hóspedes. - Olhei incrédula para minha mãe.

- Mãe, ela vai dormir comigo.

- Pitel! - Colocou as mãos na cintura. Revirei os olhos e suspirei.

- Tá! - Me levantei, trazendo Fernanda junto. - Nós vamos só conversar um pouco e depois eu mando ela pro quarto de hóspedes. - Dei boa noite para os meus pais e subi com Fernanda até meu quarto. Deitei em minha cama e a chamei com a mão para que se deitasse comigo.

- Agora fala sério, como foi a conversa com meu pai? - Perguntei, tirando algumas mechas de cabelo do seu rosto.

- Ele só queria se certificar de que eu não ia te magoar e essas coisas e conversamos um pouco também sobre meu trabalho.- Assenti lentamente, encarando sua boca tão convidativa.

- Hm...

- Quantas garotas você já trouxe pra cá? - Perguntou de repente, me fazendo desviar o olhar de sua boca e encarar seus olhos.- A gente nunca conversou sobre isso, tipo, nossas ex's.

- Na verdade não foram muitas. A primeira garota que eu trouxe aqui sem ser como amiga foi a Vanessa. - Vi ela franzir o cenho.

- Você e Vanessa namoravam? - Perguntou surpresa. Comecei a rir.

- Não, amor. Eu e Vanessa só ficamos algumas vezes, nós quase ficamos mais sérias mas não funcionou então decidimos ficar apenas na amizade mesmo.- Ela assentiu parecendo entender.

- Quem mais?- Perguntou, se apoiando em seu cotovelo e a cabeça na mão em seguida.

- Eu já namorei com a Sophie que estudava lá na escola mas acho que você não deve lembrar porque ela logo se mudou. E já fiquei com umas duas de lá mas isso não vem ao caso, agora me fale de você. - Fernanda suspirou e deitou a cabeça em meu peito, minha mão rapidamente foi para seu cabelo onde fiz um cafuné.

- Bem, meu primeiro namoro foi com um garoto, ele se chamava Arthur.

- Por essa eu não esperava. Foi depois dele que você descobriu que gostava de garotas?

- Na verdade eu meio que já desconfiava que eu preferia garotas e depois que eu namorei ele eu só tive a certeza. - Assenti.

- Você tinha quantos anos?

- 16. Mas enfim, depois de um tempo eu tive minha primeira namorada, o nome dela era Thalyta. Eu descobri que ela só estava curiosa, então terminamos. E minha última namorada foi a Alane. - Terminou de contar e ergueu a cabeça para me olhar.

- Certo...

- Eu ainda estou tentando processar o fato de que você e a Vanessa já ficaram.- Comecei a rir e ela logo me acompanhou.

- Boba.- Me virei na cama, ficando por cima dela. - Você não precisa se preocupar quanto a isso, você viu como é a nossa amizade e se fosse pra acontecer algo entre nós, era pra ter acontecido na época em que estávamos ficando e não agora que eu tenho você. - Acariciei sua bochecha com o polegar, admirando cada detalhe de seu delicado rosto.- Como podia ser tão linda?

Sem pensar duas vezes, me abaixei um pouco até sentir seus lábios nos meus. Suas mãos logo se apossaram de minha cintura e eu gemi baixinho ao sentir suas mãos geladas em contato com minha pele. Entreabri a boca para dar passagem para minha língua explorar a sua, suas mãos subiram para meus cabelos onde ela os agarram com certa força. Mordi levemente seu lábio inferior e o puxei, para o soltar em seguida. Abri os olhos para poder olhar rapidamente seu lindo rosto, ela estava com a boca entre aberta e os olhinhos fechados. Sorri de canto antes de voltar a beijá-la.

Após nossa pequena sessão de amassos, Fernanda decidiu que já era hora dela ir para o quarto de hóspedes, mesmo eu protestando para ela dormir comigo. No fim, acabei a deixando ir.

....

Já eram quase três da manhã e eu ainda estava acordada me remexendo na cama. Bufei frustrada e me levantei da cama, já decidida. Sai do meu quarto e andei a passos lentos até o quarto de hóspedes, abri a porta lentamente para não acordá-la e a fechei em seguida. Fui calmamente até a cama onde Fernanda ressonava ela estava deitada de lado e delicadamente subi na cama, me deitando ali. Entrei debaixo das cobertas e com cuidado, peguei um de seus braços e o envolvi em minha cintura, me aconchegando em seu corpo.

Me assustei quando senti ela apertar o braço em minha cintura, me trazendo para mais perto de seu corpo.

- Sabia que você não ia aguentar. - Sussurrou com a voz rouca pelo sono. Sua testa colou na minha e ela ainda tinha os olhos fechados. Sorri fraco mesmo ela não vendo e me aninhei em seus braços, sentindo ela me apertar mais contra seu corpo.

- Boa noite, meu amor. - Sussurrei, fechando os olhos em seguida.

- Boa noite, bebê.

E então finalmente consegui dormir.

(...)

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Minha Professora de Artes! - PITANDAWhere stories live. Discover now