Coelhos Na Lua (Kth + Jjk)

LABO B: FAIXA 2: Lucy In The Sky With Diamonds, The Beatles

NOTAS DA AUTORA:

Oi, clã!

Como vocês estão?

Eu fico me perguntando se vocês conseguem sentir o quanto de carinho e dedicação eu coloco nessa história? Porque eu coloco tanto amor aqui. Espero mesmo conseguir transmitir isso.

Não se esqueçam de dar uma estrelinha e comentar.

Comentem para eu saber o que estão achando, ok?

Mandem o link para os amigos (as)

Boa leitura. 🐇

🌙

Pessoas eram tão complicadas, que davam um nó na mente de Yoongi. Pessoas como Namjoon, que tinham uma inteligência acima da média para tantas coisas, mas para outras parecia ter um cérebro mais fechado que um cadeado. Ou como Hoseok, que eram legais o suficiente para todo mundo que o conhecesse gostar dele, mas só se apaixonava por quem não gostava dele de verdade. E Jungkook, que tinha mais talento acumulado em um dedo do que a maioria das pessoas somadas, mesmo assim tinha o perfil para se tornar o babaca mais amado da América.

O guitarrista aumentou o volume do rádio para tentar sufocar seus pensamentos. Toda vez que fazia entregas grandes, entrava em uma pira de refletir sobre pessoas e suas personalidades, porque sempre se perguntava se estava estragando a vida de alguém pondo maconha e cocaína em suas mãos. O rosto das duas garotas preencheu sua mente, porque elas eram tão jovens. Yoongi não era idiota, sabia que elas mentiram as idades, dezoito o caralho, elas deveriam ter quatorze, quinze se tivessem sorte. Quatorze anos e tinham 600 gramas de maconha para queimar. Yoongi ia queimar também, mas no inferno provavelmente. Foi o que pensou.

Não importava que não pisasse em uma igreja há mais de cinco anos e nunca mais tenha lido uma única palavra da Bíblia, o Min não conseguia se livrar de toda a culpa que a Igreja Católica, tão maravilhosamente, ensinou sua mente a sentir quando errava. Yoongi não sentia raiva de Deus, nem nada do tipo, mas adoraria limpar e arrancar as raízes religiosas de sua mente. No fim do dia, eram elas que o faziam se sentir um homem mal, um homem que merecia sofrer, um homem que cedo ou tarde iria pagar por tudo o que fazia.

Então, o guitarrista tentava ser racional, pessoas possuíam livre arbítrio, se elas compravam drogas, era porque queriam. Se não fosse o traficante, outro babaca seria, qual a diferença no final? E Deus não era um monstro sentado entre as nuvens esperando pela oportunidade de castigar alguém, ele deveria entender que Yoongi fazia o que fazia porque queria uma vida minimamente digna, e na primeira oportunidade iria parar com aquilo. Não ia vender uma grama de cocaína para ninguém.

O guitarrista estacionou na vaga reservada na frente do Majestic, soltando o cinto de segurança do fecho e afundando o corpo no banco. Não conseguia se livrar da imagem do rosto das garotas, eram apenas duas crianças, puta que pariu.

— Traficantezinho de merda, merda, merda! — desabou, batendo as palmas das mãos contra a logo da Volkswagen no meio do volante de borracha.

Yoongi agarrou um dos baseados que deixava preparado com os cigarros de tabaco, o acendeu, sem se importar com as janelas fechadas e o cheiro que iria pregar ao tecido dos bancos. Colocou o baseado no meio dos lábios e o tragou profundamente, tampando os pulmões com a fumaça. Pendeu a cabeça para trás, fechando os olhos.

Ouviu as batidas no vidro do carro, respirou fundo, antes de abrir os olhos e virar a cabeça, vendo atrás da janela Jungkook com as mãos numa jaqueta gasta de couro marrom.

Yoongi colocou a mão na manivela, a girando com força, para o vidro descer.

— Tem maconha aí? — o Jeon o questionou, quando a janela desceu o suficiente.