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— Agente Minatozaki Sana. — A mulher alta e cativante se apresentou. — Gostaria de começar o interrogatório agora. Prefiro interrogá-la sozinha, Srta. Kim, sem seus colegas na mesma sala. Se você puder pedir a Dr. Pham para esperar do lado de fora, seria perfeito.

— Hanni...

— Posso ouvi-la bem, agente Minatozaki. Estarei na outra sala. — Ela se aproximou de mim. — Se precisar de alguma coisa, não hesite em me chamar.

Assenti com a cabeça.

A porta da sala foi fechada.

A agente tinha cabelos cor de rosa e olhos castanhos. Embora não fosse uma estrela de cinema, ela tinha uma presença convincente capaz de fazer qualquer um se ajoelhar, provavelmente devido à maneira como se portava e à sua autoridade radiante.

A sala também estava ocupada por dois homens: um japonês e um chinês igualmente atraentes, os detetives Nakamoto e Xiao, respectivamente.

Eles me observavam atentamente, como falcões.

O agente Nakamoto estava preparado com um iPad, digitando.

— O que você gostaria de beber? Um pouco de água, chá ou café? — Minatozaki me perguntou.

— Obrigada, mas estou bem. — Respondi.

Eu conhecia as táticas deles — oferecer bebidas, negar o banheiro até que a verdade se espalhasse. Eu não ia deixar que eles usassem "um banheiro" como isca. Além disso, eu não tinha nada a esconder.

— Sra. Kim, qual é o seu relacionamento com Huh Yunjin?

— Ela era minha paciente e eu era sua enfermeira designada.

— Nada mais do que isso? — Ela perguntou.

— Nada. — Eu disse.

Jin havia me dito que me amava — uma atração que consumia ambos os lados. Ainda assim, eu não podia ter certeza das intenções de Yunjin, dada sua natureza manipuladora. Ela sabia que eu estaria cercada pela polícia quando saísse da casa.

Nakamoto continuou a escrever freneticamente no dispositivo.

— Depois que você foi sequestrada, Srta. Kim, para onde ela a levou?

— Não posso ter certeza do local porque não estava consciente. Quando acordei, percebi que estava numa casa, uma casa bem modesta, cercada por montanhas floresta.

Ela assentiu lentamente com a cabeça. — Ela te machucou?

— Não machucou. Jin cuidava de seus afazeres durante o dia e voltava para a casa à noite.

Os agentes me olharam com ceticismo, mas aposto que não estavam acreditando em uma palavra do que eu disse.

Sem quebrar o contato visual, mantive minha postura. Se eles achavam que poderiam me intimidar a confessar coisas que não aconteceram, estavam errados.

— Ela mencionou para onde estava indo? Ou que tipo de assuntos ela tratou?

— Ela nunca disse uma palavra sobre o que estava fazendo; ela nunca me contou nada.

— Você está nos dizendo a verdade?

— Sim. — Eu disse.

— Onde estava Huh quando a enfermeira Ryujin foi assassinada?

— Na casa.

A agente Minatozaki ergueu as sobrancelhas. — Tem certeza? Pense nisso com muito cuidado. Cada pequeno detalhe nos ajuda, Srta. Kim.

mental asylum ── purinzTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang