Herdeiros do Dragão - Intrigas e lealdade

1.1 Eu quero

As escolhas de Aemma não passaram despercebidas por todos, eles começaram a perceber que a rainha era mais vista na companhia de seu cunhado do que do próprio marido, rumores foram se formando, mas ao mesmo tempo eram abafados por Rhaenyra, Baelon ou até mesmo Daemon, eles não queriam ninguém falando de Aemma, nem mesmo o povo.

— Rhae-nyra. — Aemma se virando dando de cara com a filha mais velha segurando Baelor em seus braços. — Rhae-ny-ra.

— Ny...ra!

O bebê solta um gritinho jogando os braços para cima, Rhaenyra faz uma cara de brava, mas logo solta uma risada alta jogando o bebê pra cima brincando com ele, Aemma estava se sentindo realizada, ela tinha conseguido criar uma bela amizade entre os irmãos e Rhaenyra era sempre vista com seus irmãos para cima e para baixo.

— Nyra, querida, como está Harwin? — A princesa para de brincar com o irmão e encara sua mãe. — Soube que ele estava indisposto nesses dias.

— Foi apenas um mal estar, Daemon levou ele pro Meistre. — Ela sorri como se fosse a coisa mais simples. — Logo ele está de volta.

— Ainda está cedo. — Rhaenyra encara sua mãe confusa. — Jacaerys é quase dez anos mais novo que Aegon.

Depois que tinha contado aquela história em forma de aviso, Aemma tinha contado boa parte da história para Rhaenyra como o nome de seus filhos, nomes que nunca mais sairam dos pensamentos da jovem princesa, mas ela não creditava que podia ser isso, Harwin estava treinando muito a nova guarda e talvez pois esteja se sentindo mal.

— Não acredito que seja isso.

— Vocês passaram o último cio juntos?

A mente de Rhaenyra viajou naquele minuto, os braços de Harwin ao redor de seu corpo enquanto seus lábios estavam grudados nos deles e o movimento da cintura de Daemon enquanto o mesmo fudia o ômega deixava ela em chamas, com esforço, ela se afastou olhando nos olhos verdes dele e sorriu, desceu seus lábios para o lóbulo da orelha dele e desceu sua mão para o meio das pernas dele sentindo o pau dele extremamente duro enquanto tinha Daemon estocando furiosamente por trás.

— O que você quer querido? — Ela pergunta com a voz rouca lambendo o lóbulo da orelha dele arrancando outro gemido.

— Nyyraa...

— Filha, o que houve?

A princesa é tirada de seus pensamentos e sorri rapidamente para sua mãe, Aemma ergueu uma sobrancelha numa pergunta clara do que estava acontecendo, mas ela apenas dispensou com um aceno de mão e voltou a olhar para Baelon que estava puxando uma mecha do seu cabelo, mesmo dizendo que não era nada, sentia seu coração acelerar só com a ideia de que aquela hipótese fosse mesmo real.

— Rhaenyra, você tem certeza que não é nada? — Ela olhou para sua mãe e Aemma suspirou. — Você quer um bebê.

— Sim, eu quero. — A verdade saiu dos seus lábios como se estivesse ali desde sempre. — Mas não sei se eles querem e se for demais? E se eu estiver avançando demais as coisas?

— Querida, eu avancei as coisas também, você devia se casar apenas com 16 anos e hoje com 15 você tem um ômega e um alfa para você. — A rainha se aproxima tocando com carinho o cabelo da filha. — Se for para ser agora, então será, não pense demais nisso, tudo bem? Apenas viva e seja feliz.

Rhaenyra sorriu para sua mãe, sabia que sempre podia contar com ela, só que a simples ideia de ter Harwin carregando seu filhote lhe deixava ofegante, talvez fosse um desejo bobo, mas era o seu desejo nesse momento. Aemma sabia que alguma coisa tinha mudado com sua filha, sabia que ela estava sentindo coisas que toda mulher e ômega sentia, a necessidade de formar uma família, estava feliz em saber que sua menina não queria ficar sozinha na vida.