STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking Dead

(Vol. X) Ano XIII p.e. ⎥ Lembrete.

OS MEUS MÚSCULOS ESTAVAM EXAUSTOS.

Depois de um longo dia dando continuidade aos serviços das lavouras, as minhas energias pareciam cada vez mais abaladas pelos trabalhos cotidianos durante tanto tempo, o que me tornava mais cansada do que me lembrava e transformando as atividades simples em algo mais árduo do que costumavam ser.

Culpei o possível mal estar ao qual eu ainda me recuperava, além do estresse que ainda me acometia, porém, estava agradecendo internamente por finalmente ter finalizado tudo e por poder voltar para casa naquele momento, avançando as minhas botas sobre o solo gramado que me levaria para a travessia acima do riacho.

Levei a maçã fresca até os meus lábios para mais uma mordida. Havia conseguido pegar o fruto no último caixote que deixamos no galpão de alimentos e Nora não pareceu ter notado, ou ao menos se importado, para o fato de eu estar levando o fruto comigo como um lanchinho.

Ainda a mastigava quando alcancei a mesma ponte que dividia o lugar pertencente às nossas lavouras e a atravessei como fazia todos os dias. 

Contudo, acabei sendo barrada pela movimentação um pouco estranha, e certamente diferente, do grupo de pessoas que se encontravam em frente à casa – agora – desocupada de Eugene. O lugar aonde a oficina de arquitetura e engenharia funcionava.

Os meus passos foram ficando cada vez mais lentos à medida em que eu terminava de devorar a maçã e me aproximava do local diante de mim. 

Fiquei completamente surpresa quando notei que algumas daquelas pessoas realmente não pertenciam à Alexandria, já que Magna, Connie, Jerry e Kelly formavam aquela reunião junto ao nosso morador, Scott.

O rosto irreversivelmente emburrado de Magna se virou em minha direção assim que a mulher notou a minha aproximação.

Suas roupas escuras coladas ao corpo pareciam lhe dar uma silhueta mais esguia, e apesar do canto dos seus lábios subirem minimamente com um sorriso meio debochado, eu não tive qualquer outra reação a não ser sorrir de volta e franzir o meu cenho com dúvidas.

— Essa não é a arquiteta de vocês? — A loira questionou com um tom irônico e de braços cruzados enquanto a cor do seu cabelo longo e solto contrastava com as roupas pretas e presa por arreios de couro que ela vestia, lembrando um uniforme militar.

— Ah, Heidi! Que bom que está aqui. — Scott parecia aliviado ao me ver quando gesticulou e incentivou para que eu me aproximasse.

— Quando vocês chegaram em Alexandria? — A minha pergunta surpresa ainda se referia aos moradores de Hilltop que estavam à minha frente como uma miragem.

— Hoje, na hora do almoço. — Foi Jerry quem se aproximou primeiro, abrindo os seus braços com o dobro da minha largura e envolvendo o meu corpo de maneira apertada como um urso meloso. — E aí, mama? — Cumprimentou com um sorriso saudoso quando nos abraçamos.