(Vol. X) Ano XIII p.e. ⎥ Lar doce Lar.

206 34 113
                                    

ME LEMBRAVA DAQUELES MOMENTOS vívidos em minha memória

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ME LEMBRAVA DAQUELES MOMENTOS vívidos em minha memória. O momento da minha morte.

Sabia muito bem que eu havia morrido uma centena de vezes durante a minha vida toda; mas algumas dessas vezes ficaram marcados como cicatrizes. Não pelo efeito trágico com que elas saturavam a dor em minha pele, e sim, pela reviravolta dos milagres trabalhando para me salvar do destino vil.

Naquela manhã, eu estava novamente sozinha. Havia perdido uma das pessoas mais importantes da minha vida, Anton Martinez. Além de ter sido traída por minha boa vontade em ajudar um velho conhecido, Merle Dixon, resultando na perda de todos os meus suprimentos em um piscar de olhos.

Eu estava morrendo dentro daquele armário deteriorado de uma cozinha industrial. Eu sabia muito bem que não havia salvação quando fui cercada pelos mortos caminhando ao meu redor, farejando o cheiro de carne fresca encurralada em uma lata qualquer.

Eu sabia que era uma questão de tempo ser devorada por eles até que... Glenn surgiu como um milagre.

Eram desses momentos que eu me lembrava todas às vezes em que o coreano vinha até a minha mente. Algumas noites, eu sonhava com esse exato cenário também.

Em meus sonhos, eu saía ilesa daquele armário em um shopping destruído; pulava em sua direção e o abraçava com força. O abraçava com a mesma intensidade com que eu deveria ter o segurado, o impedido de ir atrás do Daryl naquela manhã.

Glenn não salvou apenas a minha pele, literalmente, quando derrubou aquele cadáver; ele me permitiu encontrar um velho amor inesquecível, me permitiu ser amada por uma família de verdade, me permitiu ter os meus filhos, a coisa mais importante de toda a minha vida.

E por isso eu seria eternamente grata.

Esse era o principal motivo por estarmos sempre ao lado de Maggie desde então.

Compreendíamos a injustiça de estarmos aqui e ele não. Então, os meus passos estavam sempre acompanhando os da Rhee como o apoio necessário. O apoio que tínhamos a certeza que nunca substituiria tudo o que Glenn poderia fazer por sua esposa e filho, mas que nós sempre tentaríamos.

Naquele novo grupo de Meridian, liderado por Maggie, haviam muitas pessoas conhecidas entre si, mas ainda completamente desconhecidas para mim e para Daryl.

Apenas Kelly e Elijah eram aqueles aos quais nós estávamos habituados e acompanhavam bem ao nosso lado a fila que se formou; enquanto Cole conversava com um homem negro muito forte e uma mulher ruiva há alguns passos à nossa frente.

Tivemos que andar mais alguns bons metros para dentro da floresta com nossos pés apressados e olhares inquietos. Nos misturando cautelosamente na paisagem cada vez mais fechada de árvores próximas e arbustos distantes de uma trilha comum.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora