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Eu e minha gata estamos voltando do mercado. Fomos só pegar umas coisas que tava faltando, mas como sou VICIADO em doce, peguei mais do que deveria.
S/n quis ir andando pro mercado e agora que tá de noite e as ruas da cidade são escuras, ela volta parecendo um bicho preguiça grudada no meu braço.
- Amor, solta do meu braço pra eu abrir uma bala aqui.
- Seu viciado. - Ela responde e solta as mãos.
Paro e mexo na sacolinha que estava na minha mão.
Enquanto escolho a bala que vou pegar, observo a S/n olhando pros lados, como se estivesse com medo.
Não vou perder essa oportunidade.
- Vida... - Olho pra ela apreensivo.
Ela me olha curiosa.
- O que? - Pergunta e olha pra trás dela. - O que foi, amor?
Fico encarando a rua atrás dela, com uma cara de medo.
- O que foi?!
Guardo minha bala no meu bolso e amarro a sacola.
- Igor... Para de graça!
A rua tava bem apagada, e o vento balançando as árvores.
- Aí, Meu Deus... - Me preparo pra correr. - Vida, olha o chupa cu atrás de você!
Sai correndo igual o flash e ela correndo atrás de mim.
- IGOR!
Enquanto corro, começo a rir. Só parei de correr quando viramos a esquina.
- Você é otário?! - Ela começa a me bater com a sacola. - Menino chato.
- Tava brincando, mano! - Ainda rindo, tento segurar a mão dela. - Desculpa, tá? Vamo na moral agora.
A dona encrenca já ficou logo com o bicão emburrado, mas segurou na minha mão quando estendi.
Começo a balançar devagar nossas mãos e aumentando a cada passo que a gente dava.
- Aí, amor, para de fazer isso.
- Vida, a gente tá parecendo duas camponesas voltando da colheita. - Dou alguns pulinhos enquanto continuou balançando nossas mãos.
