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Cheguei na academia e, assim que pisei os pés, vi os alunos sentados em volta do tapete, próximo ao ringue, e no meio estavam o professor e uma aluna.
— O que tá pegando aí? — perguntei pro meu amigo assim que cheguei ao seu lado.
— Ah, a S/n tá caindo fora do boxe — respondeu ele, com os braços cruzados.
— Ué, por que? — olhei curioso.
— Não sei, mano. O treinador tá tentando convencer ela a ficar, até as meninas falaram com ela, mas não tem jeito.
Achei estranho, mas fiquei pra ouvir.
— Por favor, S/n, a academia precisa de você pra continuar. Suas amigas contam com você também.
O treinador parecia muito nervoso e gesticulava bastante.
— Eu sei, mas pra mim não dá mais — ela respondeu desanimada. — Eu quero só que o senhor entenda.
A S/n é um incentivo pra muita gente aqui. Ela trouxe muitas pessoas que lutavam com problemas pra dentro do ringue e conseguiu ajudar demais.
Eu não quero que ela perca as oportunidades que o boxe oferece pra ela, e eu sei que ela é uma lutadora foda.
Resolvi então falar com ela. Mas, ao invés de dizer o quanto ela é boa, eu vou usar o contrário, assim ela pode ficar brava comigo e continuar aqui só pra me mostrar que tô errado.
Deixei minha mochila no canto e tirei minha camisa.
— Eu não sou tão boa assim — ela dizia de cabeça baixa.
Foi aí que eu agi.
— Ainda bem que você sabe que não é boa — falei, dando passos confiantes e sorrindo debochado.
Tanto ela quanto o treinador me olharam.
— Você não tem talento pro boxe, então sai — apontei pra saída atrás dela.
A academia toda ficou em silêncio.
— O que tu tá fazendo, cara?! — meu amigo sussurra.
— É que, tipo, você não tá fazendo muita coisa aqui dentro — continuei, falando do jeito mais debochado possível.