📖| 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄: Aniversário da priminha do seu namorado

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Hoje foi o aniversário de cinco anos da Manuella, minha priminha. Amo essa garota demais. Minha namorada, S/n, veio também, porque minha família é apaixonada por ela. E, como sempre, o aniversário acabou virando mais uma festa dos adultos do que só uma festinha infantil.

De noite, o quintal onde aconteceu a festa estava quase vazio. A decoração rosa ainda enfeitava as paredes, mas o pula-pula, que durante o dia tinha sido disputado pelas crianças, agora estava abandonado, balançando de leve com o vento. Minha tia estava sentada numa cadeira de plástico com a Manu dormindo no colo, exausta depois de tanto brincar.

Eu e S/n estávamos encostados na grade do pula-pula, olhando aquele cenário silencioso e nostálgico. Ela estava abraçada a mim, e eu segurava a mão dela, entrelaçando nossos dedos.

— É tão bom ser criança, né? — ela comentou, com um sorriso sereno, o olhar perdido no pula-pula vazio.

— Melhor fase da vida — concordei, observando as luzes coloridas que ainda piscavam no varal de lâmpadas.

— Saudades de quando a única preocupação era se ia ter pula-pula na festa — ela riu baixinho. — Dá até vontade de voltar a ser pequena.

— Bora matar essa vontade? — propus, olhando para ela com uma sobrancelha levantada.

— Não... vai que sua tia briga com a gente — ela respondeu, rindo e balançando a cabeça.

— Ah, para. Minha tia vai rir quando ver isso. Vem! — Peguei na mão dela e a puxei para perto da escadinha do pula-pula.

— Não sei não, amor...

— Não sabe o quê? Anda, dá o pé aqui.

Me abaixei, abri o fecho da sandália dela e tirei meu tênis em seguida.

— Aí, meu Deus... — ela disse, ainda com um sorrisinho indeciso.

Subi primeiro e estendi a mão para ela. Mesmo relutante, ela segurou e finalmente subiu.

— Vai, vida, deixa a criança interior falar mais alto agora — provoquei, começando a pular para incentivar.

— Só você mesmo! — Ela riu e, aos poucos, começou a me acompanhar.

O barulho das molas do pula-pula começou a ecoar pelo quintal, misturado com nossas risadas.

— Dá a mão pra mim — pedi, estendendo as duas mãos.

Ela segurou com firmeza, rindo com os olhos brilhando.

— Mano, eu não lembrava dessa sensação! — S/n sorria, quase ofegante, enquanto continuávamos a pular.

No meio da brincadeira, uma vozinha aguda me chamou:

— Primo, quero pular com vocês! — Era a Manu, que tinha acabado de acordar e vinha correndo na nossa direção, com os bracinhos esticados.

— Vem, vem, princesa! — parei de pular e ajudei ela a subir.

Manu agarrou a mão da S/n e começou a pular animada. O som das risadas dela era contagiante, preenchendo o quintal vazio como se fosse o dia todo de novo.

— Dá a mão, Manu! — falei, estendendo minha mão para ela.

Ela segurou imediatamente, e com a outra mão, continuou segurando a da S/n.

— No três, a gente pula juntos, tá bom? — Falei, animado.

— Tá bom! — respondeu ela, quase pulando antes da contagem.

— Um, dois, três!

Pulamos com força, e logo depois caímos. Eu fui o primeiro a desabar no chão inflável, e as duas caíram por cima de mim, rindo como nunca.

— Ai, vocês estão me esmagando! — brinquei, gargalhando enquanto abraçava as duas.

— Foi você que deu ideia! — S/n respondeu, se ajeitando para não machucar Manu, que ria descontroladamente.

Ficamos ali um tempo, deitados e rindo à toa. Olhei para o céu, que já estava escuro e cheio de estrelas, e depois para as duas ao meu lado. Manu estava abraçada a S/n, que a olhava com carinho.

— Melhor parte da festa, hein? — comentei, entre um suspiro e outro.

— Com certeza. — S/n sorriu, e Manu concordou dando uma risadinha.

E foi assim que a noite terminou: cheia de risadas, lembranças e aquele sentimento de que momentos simples como esse são os que realmente importam.

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Saudade de ser criança 🥹.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐀𝐎 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐎𝐒 💍Where stories live. Discover now