Ela pensa que pode? Ela pode sim!

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Era simplesmente, INÉDITO, o acúmulo de raiva e frustração que existia dento do corpo de Adrien naquele momento que ele se encontrava bem....sentado, no seu trono particular.

Isso é, não na sua cadeira de presidente da empresa, local que deveria estar naquele momento. Não, nem perto disso. Estava sentado era em outro trono, o que ficava dentro do banheiro da sua sala.

O pior de tudo, era que além disso, como no seu escritório haviam sentados e conversando como três "fuxiqueiras", Vinícius, Aguilheres o acionista, e aquela mulher desprezível que só de pensar no seu nome lhe dava mais vontade de.... enfim, ele tinha que ficar indo e vindo do banheiro para não dar bandeira! Sem contar que precisava disfarçar a sua postura, fingir que seu intestino grosso não estava todo remoído dentro da barriga e o suor frio que escorria pela sua testa.

Quando voltava para sua sala, apenas se sentava e bebia água gelada devagar, na tentativa de hidratar o corpo e não avançar no pescocinho de Marinette que perambulava para os lados toda sorridente, trazendo café, documentos que os outros dois pamonhas pediam e ect... Dentro daquele quadro, era como se estivesse em meio a uma festinha entre amigas e ele, fosse aquela que queria ir embora pois não suportava nenhuma delas.

Tudo bem que no fundo, não era bem isso. Na realidade, não é que odiasse a todo mundo - com exceção de Marinette, é claro - tudo o que queria era cagar em paz. Ir para a sua casa, e cagar a vontade, tomar um banho, para poder cagar de novo. Simples assim, mas não podia. E não podia... porque era dono de uma empresa, e precisava estar ali, encarando aquelas pessoas, principalmente o acionista presente pois ele injetava muito dinheiro nos seus investimentos.

Ta bom que dinheiro era muito maravilhoso e tudo mais, porém naquele instante... tudo o que queria injetar, era outros investimentos... NA PORCARIA DA PRIVADA!

- Senhor Agreste?

Era Marinette chamando, aquela sebosa fedorenta que cheirava a um aroma do campo que o fazia lembrar de rosas, baunilha e...

- Hum? - a respondeu movendo só o olhar e estático em sua cadeira. - O que é?

- Eu preciso que o senhor me encaminhe uns documentos que estão em sua posse, no seu computador.

"Precisa é? Eu vou te DIZER, o que você precisa fazer... É SAIR DA MINHA VIDA" - Claro. - respondeu azedo. - E quais seriam?

- São as projeções de capital dos dois últimos anos.

- Eu já não te passei isso? - "SUA MOCRÉIA" - ergueu ele uma sobrancelha ao que Marinette negou com a cabeça gentilmente.

- Claro que não. Se tivesse passado... eu não estaria pedindo.

Vinícius que continuava conversando com o outro homem, e fingindo que não estava ouvindo os cochichos trocados por Adrien e Marinette sentiu uma enorme vontade de rir. Pelo jeito que os dois se tratavam, seria interessante de ver como daquele entrosamento totalmente tóxico, iria poder brotar o amor...

"Aposto que essa autora safada, já se utilizou da tática do perfume para mexer com a cabeça do loirinho! Ela não me engana! Não engana a ninguém!".

- Marinette.... - por sua vez, Adrien respirou fundo, segurando-se com as duas mãos em sua cadeira. - Não me responda desse jeito, ou por acaso se esqueceu que eu sou seu chefe??

- Claro que não senhor... Nunca! Mas é que o senhor me fez uma pergunta sem fundamento... se eu já tivesse esses documentos comigo, não lhe pediria...!

"Mas sua cínica! você me paga!" - Ah claro, é verdade. É que as vezes eu me esqueço, o quanto você é eficiente.

- Sou mesmo senhor, e é por isso... - o tocando no ombro sutilmente, Marinette fez questão de fechar ainda mais seu sorriso. - Que eu estou aqui do seu lado.

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