Suspeitas perigosas

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— Vossa alteza imperial, é um prazer revê-lo... — saudou Gustav, afastando-se prontamente de Karoll ao notar a presença imponente do príncipe.

Os olhos de Danyel se estreitaram, fixando-se na cena com um brilho gélido. Seu olhar penetrante examinava cada detalhe, como se tentasse desvendar os motivos daquela proximidade entre os dois.

— Do que estavam conversando que necessitavam estar tão próximos? O senhor Elenorv não tem conhecimento de que Lady Karoll já está comprometida? — questionou Danyel, sua voz carregada de um ciúme mal disfarçado, cada palavra cortante como o fio de uma lâmina.

Gustav abriu a boca para responder, mas foi prontamente interrompido.

— Estávamos discutindo sobre a noiva ideal que encontrei para ele — respondeu Karoll, assumindo rapidamente o controle da situação. — Ele tem várias pretendentes agora, e precisamos evitar que elas comecem uma disputa acirrada entre si, não acha?

A explicação não pareceu apaziguar o príncipe. Ele avançou um passo, sua presença ameaçadora como a de um predador prestes a dar o bote.

— Não precisam estar tão próximos um do outro para isso. Você sabe que não me engana, dragãozinho... — murmurou Danyel, seus olhos fixos em Karoll com uma intensidade desconcertante, como se tentasse penetrar sua alma.

Karoll manteve o olhar firme, sua voz reverberando com uma indignação contida.

— Eu não sou sua amante nem sua noiva, então não devo satisfações sobre minhas ações. Que tal parar de me perseguir e ir caçar outra distração?! — retrucou ela, seus olhos brilhando com uma mistura de raiva e determinação.

Danyel, visivelmente desconcertado pela escalada de tensão, tentou justificar-se.

— Eu não estou te perseguindo, você que está— Ele suspirou, percebendo a futilidade de suas palavras, e se voltou para Gustav. — Senhor Elenorv, o conselho começará em breve, sabe muito bem que minha mãe não tolera atrasos.

O príncipe lançou um último olhar desafiador a Karoll antes de recuar, contrariado. A atmosfera carregada era quase palpável, e o silêncio que se seguiu foi denso e incômodo.

Assim que Danyel se afastou, Gustav segurou firmemente a mão de Karoll, conduzindo-a para um canto mais reservado do corredor, onde as sombras e as cortinas pesadas garantiam privacidade.

— Parece que esse príncipe está interessado em você também — comentou Gustav, seus olhos observando Karoll com uma preocupação perspicaz, como se tentasse entender os sentimentos que ela despertava.

A garota soltou uma risada sarcástica, inclinando a cabeça levemente para trás.

— O cenourinha? Ele me odeia mais do que eu o odeio. Tenho certeza de que o que ele sente por mim é puro rancor.

Gustav balançou a cabeça, seu rosto sério.

— Ele não me pareceu te odiar... não deveria conversar muito com ele desse jeito. Ele é o príncipe e você ainda é a filha de um duque...

Karoll se aproximou, envolvendo Gustav com seus braços, puxando-o para mais perto.

— O que é isso? Está com ciúmes dele, é? Fique sabendo que só tenho olhos para você... — sussurrou para ele sedutoramente.

Gustav sentiu a proximidade de Karoll como um fogo queimando em suas veias.

— Você me tenta demais, Lady Karoll... agora tenho que ir, já estou atrasado. — murmurou ele, roubando um beijo rápido de seus lábios antes de se afastar apressado, a cabeça ainda girando com a intensidade do momento.

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