5° capítulo

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Nunca pensei que chegaria a criar um perfil falso na internet para achar alguém, no final de semana, quando chegamos no Rio De Janeiro eu já coloquei isso em prática

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Nunca pensei que chegaria a criar um perfil falso na internet para achar alguém, no final de semana, quando chegamos no Rio De Janeiro eu já coloquei isso em prática. O Rodrigo tinha um perfil aberto, e era tão imbecil a ponto de postar cada passo do dia a dia. Andei pesquisando também, ele tem muita grana, a família toda tem, são famosos no Rio De Janeiro por serem de uma família nobre. Tinha dúvidas se o resto da família não estava metida também nisso de tráfico humano. Precisava ser mais cuidadoso e tentar descobrir o máximo de coisas antes de dar um fim nele.

Hoje por exemplo, ele postou nos storys uma foto de um capuccino e o o lugar, tinha postado a menos de dois minutos e era perto do hotel. Óbvio que eu iria lá tomar um café também. Portanto, coloquei o celular no bolso e sai do hotel, realmente era muito perto, eu andei por dois minutos até entrar no estabelecimento que seguia um estilo bem parecido com o do hotel que eu estava hospedado. Me sentei numa mesa perto da saída e procurei por ele.

Ele estava sentado no balcão tomando um café e olhando o celular. Seria tão fácil, era só dar um tiro na cabeça, peguei o cardápio encima da mesa e dei uma breve olhada. Voltei a olhar pra ele e ergui a sobrancelha quando uma mulher alta se aproximou, era a garçonete. Ele falou algo pra ela, e a mesma respondeu, parecia ser profissional, Rodrigo sorriu pra ela e a garota tirou um celular do bolso, pareciam estar flertando. Bastante coisa passou pela minha cabeça, uma delas que ela poderia ser envolvida nisso com ele, uma pena se tivesse, precisaria matar ela também.

— Bom dia já sabe o que vai pedir?— Sai dos meus pensamentos e olhei pro lado encarando a mulher sorridente que usava uma franja e tiara.

— Não entendi— Ela concordou e disse um desculpe em inglês antes de sair.

Não demorou até que fosse até a garota e falasse algo, ela mesma veio até mim. E porra, eu nem prestei atenção na aparência, era muito gata, usava uma calça preta que não ficava tão larga nela, as coxas grossas, e mesmo com avental, eu percebia o volume nos seios, ela usava um rabo de cavalo, mas os cabelos batiam na altura da cintura de tão longos e volumosos, a pele bronzeada e o rosto, nossa…ela era linda. A mulher sorriu pra mim.

—Bom dia, já sabe o que vai querer?—Indagou em inglês e eu sorri vitorioso.

— Eu quero esse croissant de frango e queijo, e um suco de açaí— Ela anotou o pedido no tablet. Desci os olhos até o broche escrito o nome dela e gravei mentalmente na minha cabeça.

— Mas alguma coisa?— Neguei, então ela concordou e deu as costas.

Eu juro que tentei não olhar pra bunda, falhei miseravelmente. Ela não tinha nada na medida, tudo em excesso, rosto? Lindo, cabelos? Magníficos, seios? Gostaria de ver e tocar, bunda? Excesso demais. Linda!

Eu até consegui comer o que tinha pedido mais mantive os olhos atentos nela, precisaria de mais informações pra saber se precisaria dar um fim nela, preferia acreditar que não haveria necessidade de matar ela.

Esperei ele terminar e tirei algumas notas deixando encima da mesa, não queria perder ele de vista, sai do restaurante entrei no meu carro, batuquei os dedos no volante esperando o carro vermelho sair do estacionando e o segui discretamente, ele morava bem perto, em São Conrado. Eu parei meu carro um pouco mais atrás, pra ele não perceber. Peguei meu e tirei uma foto do prédio, enviei para o meu tio.

Rodrigo se passava por cara maneiro de Copacabana, ele tinha até mesmo amigos e uma vida social. Eu não podia só matar ele, isso poderia me causar um problema gigantesco. Sai daquele bairro e resolvi caminhar um pouco na praia, até porque eu estava aqui a trabalho, mas não impedido de aproveitar um pouco. Sai andando pela orla da praia.

As mulheres daqui eram lindas demais, as mais bonitas que eu já vi, não é possível. Nas minhas férias eu venho de novo pra aproveitar um pouco mais.
(...)

— Cazzo!— Parei de mexer no celular e encarei meu pai que andava de um lado pro outro no quarto.

Virei a cabeça em direção ao meu tio e esperei ele terminar de falar no celular.

—O que aconteceu?—Tio Matheo indagou.

— Abre teu email— Fiz o que ele pediu e cliquei no email que meu avô enviou.

— Tem um arquivo— Falei e esperei abrir.

— Seu avô falou que conseguiu esse arquivo com um hacker.

Franzi a testa e comecei a olhar as inúmeras listas, eram listas com nomes de alguns empresários, eu até conhecia alguns. Não eram da máfia, eram cafetões de todas as partes do mundo. Tinham os nomes deles, e nomes de diversas mulheres também, com nomes exóticos, além de fotos das respectivas moças.

— Isso é a lista de garotas traficadas— Matheo disse— Tem até os valores que foram pagos em cada uma delas. Procura o nome da Flora pra ver se é atualizada— Digital o nome dela e realmente estava.

— Provavelmente essa organiza pega garotas de toda a parte, devem ter vários cara como o Rodrigo, e aí os compradores.

Voltei a rolar a lista observando as garotas, a maioria já deveria estar desaparecida, isso era uma merda. Não poderíamos acabar com tudo, mas pelo o menos na Cosa Nostra e na N’drangheta não íamos permitir. Me ajeitei no sofá e voltei a atenção para a tela quando vi a foto da garçonete, era uma das ultimas. Rubi oliveira. Foi feito um lance de mais de dois milhões de dólares nela, e como eu pensei, a venda foi feita pelo Rodrigo, e foi feita para a Yakuza, Máfia Japonesa.

— Eu vi essa garota hoje enquanto observava o Rodrigo, mas ela não foi traficada junto com a Flora.

— Seria muitos mais fácil pra ele levar as duas de uma vez.

—Depende, sair com duas mulheres pra fora do país é mais difícil, talvez ela seja a próxima.

—Eles estavam trocando números, a Flora me disse que ele chamou ela pra sair, eu acho que ele usa sempre a mesma tatica pra pegar as garotas.

— Você falou com a menino filho?

— Muito pouco— Falei— Vou ficar de olho nela, na hora certa a gente acaba com ele. E vamos tentar evitar que ela seja traficada.

— Mas não tem nada a ver com a gente, impedir que a garota seja traficada, poderia criar um conflito com a Yakuza.

— Mas a gente conhece, podemos impedir…

— A gente não vai se meter com a garota, os japoneses que se virem caso isso seja um problema pra eles— Cocei minha sobrancelha ouvindo meu pai.

Eu entendia, um conflito com a Yakuza estava fora de cogitação, mas a garota parecia ser um pessoa honesta e trabalhadora, só deu azar de chamar atenção de um infeliz.

— Ouviu Enzo?— Balancei a cabeça em concordância.

   
                         ....👀😈....

Relaxa Papi, o Enzo ouviu tudo, entrou por um ouvido e saiu pelo outro.

Digam suas teorias...



Sob O Poder Da Máfia - Livro 3 série "Cosa Nostra" Onde histórias criam vida. Descubra agora