Capítulo 18

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• Comentem caralho!

"Nada de papai Noel e muito menos presentes para garotos maus!"

—Será que por um acaso é um casaco de pele?—sorrio sugestivamente o encarando.

—Você queria um casaco? Eu comprei um consolo do tamanho do meu antebraço para ver se apaga esse fogo— ele sorri travesso e eu fico perplexa, Marlon é tão filho da puta que realmente faria isso.

—É natal mas não sou Dingo Bells, por acaso tenho cara de que? Deveria ter achado um maior, ainda é muito pequeno— brinco com um pé atrás, se ele realmente fizer isso eu juro que o mato.—Me diz que ele está brincando— murmuro para Leda mas ela dá de ombros me deixando mais nervosa.

— Já terminaram com os legumes?—Diana pergunta enquanto mexe a massa, ela colocou todos para trabalhar e nós dois ficamos com a tarefa mais "difícil" já que somos os "mais habilidosos" na cozinha.

—Estamos terminando— respondo desviando os olhos por segundos da minha tarefa para olha-la, o que é tempo suficiente para essa imbecil cortar o dedo.— Droga!— resmungo alto levando o indicador à boca.

— Sabia— ela comenta e vem até mim com uma caixinha branca.— Me deixe ver— ela começa a limpa-lo quando a campainha toca.— Vou ter que dar alguns pontos.

Ela se levanta e pega um vidro de álcool enquanto Leda atende a porta.

— Vai dar os pontos sem anestesia?— Amélia pergunta curiosa.

— Sim, ela aguenta uns dois pontinhos né?— concordo dando um sorriso sem graça, só porquê aguento não significa que gosto.

— Como estão seus meninos? Soube que um deles entrou para o exército, o que é meio estranho devido ao trabalho duvidoso do Kon— ela começa a jogar o álcool no corte antes de começar a costurar, faço uma careta de dor.

— Nós os criamos muito bem, são honestos e querem ficar bem longe de problemas, mas ainda sim respeitam muito o pai— passa os dedos pelos cabelos loiros claros. Amélia também é alemã, na verdade decente, nasceu na América mas seus avós eram de lá, por isso seu filho conseguiu entrar no exército desse país e Kon conseguiu um Green Card.

— Elas estão aqui— Leda volta para o fogão e Trevor é o primeiro a aparecer e me cumprimenta com um abraço, mas, quando seu pai entra parece me causar um déjà-vu, não sei explicar, só que é uma sensação ruim.

— Meninas, a quanto tempo— nos cumprimenta com um aceno de cabeça e um sorriso ladino, eu não gosto desse sorriso, me esqueci do quão assustador ele é.— Como cresceram.

— Ai! Diana cuidado!— ela parece sair de um transe quando ouve meu grito percebendo que está enfiando a agulha no lugar errado.

— Desculpa.

— Tio Dante, como vai?— sorrio gentil.— Onde está tia Alessandra?

— Estou aqui querida— ela vem até mim e me abraça dando um leve beijo em minha bochecha.— Como está crescida, a última vez que te vi usava um vestido de gatinho todo rosa.

— É, eu era muito fofa. Mas agora estou usando botas de salto alto e um vestido vermelho até a coxa.

— E está ainda mais bela, o que ouve com a mão?— eu a encaro e vejo a agulha parada enfiada pela metade em minha pele. Subo meu olhar encontrando o rosto imóvel de minha irmã assim como o resto de seu corpo, seus olhos estão fixos em nosso tio, ela parece... nervosa.

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