78-O Senhor das Moscas

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Os cantos se entoavam em repetição, buscando Belzebu, em instantes um homem saiu de dentro de uma casa de madeira velha, ele abre os braços diante das pessoas ali presente, um gesto acolhedor e ao mesmo tempo de auto aprovação: Belzebu está diante de vocês.

-Bethclard! Hoje recebemos um sinal, recebemos uma grande aprovação da Deusa! (O povo comemora) Nossa Deusa nos honra, estamos no caminho certo! (O povo comemora)

Belzebu da as costas e entra na casa novamente, em alguns segundos ele volta com Heni ao seu lado, a garota estava controlada e parecia bem mais calma do que quando estava com Hedally.

-Está é a prova, uma criança nascida da agonia nos foi enviada, ela representa a essência da Deusa entre nós, adoraremos está criança, serviremos a ela e permaneceremos no mesmo caminho, até nossa Ascenção! (Belzebu saca uma faca do bolso e começa a cortar os próprios pulsos, despejando sangue negro dentro de baldes com água, após isso as pessoas atacam os baldes como feras, na tentativa de beber o líquido)

Minutos depois os baldes estão completamente secos, Belzebu da ordem para que todos voltem para suas atividades, e ele leva Heni até outra casa de madeira que está trancada com correntes e cadeados.

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Hedally assiste tudo de longe, e xinga Belzebu por está usando sua irmã como uma recompensa demoníaca, Hogo observa Hedally esperando ordens, ela pensa bem e aguarda algum padrão de movimentação entre os moradores, ela não poderia atacar Belzebu diretamente, seus seguidores iriam todos de uma vez pra cima dela e isso seria um grande problema, então ela decide esperar o melhor momento, torcendo para que nada de ruim acontecesse com Heni.

Hedally encontra pontos cegos no vilarejo e parte pra cima, sem pensar duas vezes, ela segue se esgueirando pelos cantos, evitando os moradores infectados, ela chega até uma parte onde um homem tirava leite de uma vaca, enquanto ela se alimentava de uma ração gosmenta e coberta de moscas, um forte odor subiu até as narinas da garota, um odor terrível de urina, fezes, animais molhados, comida estragada e misturados com um fedor esquisito que lembrava sangue e carne putrida, instantaneamente Hedally quase colocou a pouca comida que havia em seu estômago para fora, a ânsia de vômito atingiu ela como um golpe, oque chamou a atenção do morador que se levantou rapidamente derrubando o balde de leite, Hedally agiu de pressa e o golpeou com a espada, atravessando sua cabeça.

-(Logo em seguida ela não aguentou e vomitou) Puta que pariu... esse lugar é nojento... (Ela limpou a boca no dorso da mão, ao abrir um barril de água e sentir um cheiro ainda mais desagradável, a água nem se quer era límpida) Eu preciso sair daqui...

Ela volta a caminhar cambaleante pelo vilarejo, evitando encontrar mais moradores, até que chega no pequeno casebre para onde Heni foi levada, ela tenta olhar pelas janelas, mas com tanta sujeira acumulada era impossível, ela tenta ouvir oque se passa lá dentro...

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Belzebu leva a pequena Heni até um cômodo dentro do casebre, lá estava o Agony que originou todo aquele desastre com o vilarejo, o demônio estava preso, acorrentado a parede, e Belzebu drenava seu sangue, era a fonte para tornar tudo aquilo possível.

-(Ele segurava Heni pelo pulso e logo arremessa sua mão para a frente, fazendo a garota ir junto tropeçando e caindo de joelhos próximo ao demônio) Se alimente dele, eu sinto algo estranho vindo de você, algo maligno habita seu corpo, mas não é demoníaco e precisando tornar isso o mais diabólico possível, talvez com o sangue do demônio você se torne mais forte que aqueles imbecis lá fora... se conseguir seres os Reis desse lugar... agora beba, eu voltarei logo! (Ele dá as costas e sai do casebre deixando Heni presa lá dentro)

A Rosa Vermelha - Livro I: A QuedaOnde histórias criam vida. Descubra agora