capítulo 50

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ꜱᴜíçᴀ, ɴᴇᴜᴄʜâᴛᴇʟ, 2017

Eu não conseguia acreditar no que eu havia descoberto. Minha mãe teve um amante por dois anos, engravidou dele, e o pior de tudo, era o meu tio, irmão do meu pai. Se Teodoro realmente tiver descoberto a infidelidade de minha mãe, eu não tenho dúvidas que ele a mataria sem nenhum remorso. Isso explicaria o por que dela ter sumido do nada, e ter me dito que já havia morrido a muito tempo.

Mas o que a casa do lago tem haver com isso? Por que ela me disse que nunca saiu de lá? Era muita coisa para pensar agora.

Guardei tudo de volta na bolsa e paguei a conta. Já estava um pouco tarde, mas como ainda tinha muita gente andando na rua, resolvi ir andando até o hotel que ficava a duas quadras dalí. Passei pelo hall do hotel e subi direto para o quarto. Abri a porta e liguei a luz, meu corpo congelou de medo quando vi Domenic sentado em uma poltrona que tinha em frente a porta.

— Domenic...

Coloquei a mão no peito e respirei fundo.

— está querendo me matar?

Falei, fechando a porta.

— aonde você estava?

Deixei a bolsa encima da mesa e andei até ele.

— fui buscar algumas coisas na minha casa, depois fui até um restaurante. Que horas você chegou? Por que não me avisou?

Domenic se levantou da poltrona e ficamos a poucos centímetros de distância um do outro.

— cheguei a tarde, não avisei você por que queria fazer uma "surpresa".

Ele fez aspas com as mãos quando disse a palavra supresa. Percebi que ele estava tenso, quando ele soltou o ar senti o cheiro de álcool fortíssimo.

— você bebeu?!

Perguntei.

— eu fiquei esperando você até agora, não tinha muito o que eu fazer, então, fiquei bebendo até você chegar.

Domenic pousou sua mão na lateral do meu pescoço e me aproximou mais dele.

— já estava sentindo falta, pequena!

Sua boca invadiu a minha com violência, ele grudou meu corpo no seu e afundava mais sua língua dentro de mim. Depois de alguns segundos ele parou o beijo e olhou nos meus olhos.

— parece que não fui o único que bebeu.

Passei a língua levemente nos lábios, sentido eles adormecidos.

— eu só bebi duas taças de vinho, você deve ter bebido copos e mais copos de whisky e vodka.

— acertou, meu bem.

Domenic voltou a me beijar intensamente e me prendia a ele para que eu não me soltasse, até que ele mordeu meu lábio com mais força do que ele costumava a usar.

— Domenic, chega.

Ele não me deu ouvidos, desceu sua boca para o meu pescoço e começou a morde-lo. Eu me contorcia um pouco para tentar sair dos seus braços mas eu não conseguia.

— eu acho que já está na hora de fazermos outro bebê.

Falou, dando passos e me levando junto com ele até a mesa que tinha no quarto.

— que? Nem pensar, Domenic! Me solta!

Domenic passou a mão na mesa, derrubando tudo que havia encima dela e me deitando de brusos sobre ela, segurando meus braços em minhas costas.

APOSTA DA MÁFIA ( Livro 1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora