Um começo nada fácil

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Voltando a postar...

É isso aí, para quem estava com saudades pode voltar a curtir.

Ele está sem revisão no entanto já aviso. Os primeiros capítulos são bastante arcaicos, uma vez que foi minha primeira obra e era inexperiente.

Porém, a partir do décimo capítulo a escrita e a estória dão uma gnada incríveis.

Então é isso beijos, e que "Comecem os Jogos" rsrs😘

Não deixem de curtir também...

Canal do Youtube: Literamania -Autora Jéssica Rocha

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Instagram: jessica.rochaescritora

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Bem deixem eu me apresentar, sou Luna Clara Montenegro, tenho 24 anos,sou brasileira, cearence para ser mais específica, e com muito orgulho do meu nordeste. Estudo medicina na The Vancuver Medical University. Estou no meu último semestre e pretendo fazer residência em neuropediatra. Amo crianças e sou apaixonada por neurologia. No momento, estagio no hospital universitário e me divido entre a ala dos pacientes com doenças neurológicas em estado terminal, o laboratório e o orfanato do pastor Jim e sua esposa Carrie, onde atendo aos fins de semana as minhas amadas crianças. Sou apaixonada por todas elas e não nego, se eu podesse adotaria todas. Amo seus sorrisos, seus cheirinhos e o carinho incondicional? Isso sim é amor verdadeiro. Eu me sinto muito bem quando estou com elas principalmente depois de passar a semana com pacientes que estão sem esperanças, que por vezes perderam a fé. Isso é muito triste. As vezes nem eu suporto a carga que essa ala me demanda. Também trabalho no laboratório do instituto, fazendo pesquisas de tratamento ou medicação para solucionar ou amenizar o avanço dessas doenças. Justamente para tentar dar um pouco de conforto, uma chance, uma esperança as essas pessoas, porém nem sempre é possivel. Mas por incrível que pareça, os pacientes da minha ala são os que mais costumam surprender a todos, ultrapassando a estimativa de vida, que nós médicos previamos. E devido a isso me apelidaram de anjo do Vancuver Instituty Medical. Enfim só acho que se cada um dá o melhor de si para ajudar o próximo, todos seremos recompensados. Bem e meu Estado civil é: "Sem Interesse Algum Em Me Apixonar", nesse coraçãozinho aqui, não pisam mais, nunca mais.

Bem pra quem não sabe eu vim fazer medicina em Vancuver no Canadá a 6 anos atrás. Sai do Brasil deixando para trás dolorosas lembranças e um coração partido. Clichê eu sei. Mas Vancuver foi a minha válvula de escape para não enlouquecer.

Meus pais morreram eu tinha 17 anos, estavamos vindo de um aniversário de um amigo da família quando um irresponsável bêbado jogou o carro em alta velocidade sobre o nosso. Meus pais morreram na hora e eu fiquei em coma por quase dois meses. Quando eu acordei os médicos me contaram o que houve, e eu desejei de todo coração ter morrido com meus pais, senti uma dor que não desejo para ninguém.

Logo depois que sai do hospital tive que morar com a minha única tia, irmã da minha mãe. Ela me tratava como empregada, me mal tratava, por vezes me deixava até sem comida, e eu? bem não podia fazer nada contra ela, aceitava tudo calada, nunca fui de brigar ou revidar desaforos, taí algo que queria mudar em mim! Mas isso não significa que fiquei de braços cruzados enquanto era mal tratada, eu podia não revidar com desaforos, mas sabia utilizar minha inteligência para outras coisas que com certeza me seriam bem mais úteis.
Sempre fui ótima aluna apesar de ter estudado em escolas públicas, meu sonho sempre foi ser médica desde criança e meus pais me apoiavam nisso, meu pai fez uma pequena poupança para me ajudar quando eu fosse para a faculdade, e essa foi a única coisa que ele me deixou como herança, e eu sou grata a ele por sempre ter pensado no meu futuro, como ele faleceu eu resolvi que tinha que continua juntando dinheiro, pois não suportava mais morar com minha tia. Eu logo consegui uma bolsa em um dos melhores cursinhos pré - vestibular de Fortaleza no Ceará. Então me dediquei com garra, estudava dia, noite, madrugada e dia santo, doente ou com saúde todo dia era dia de estudar e toda hora era hora. Porém nos meus "tempos vagos" eu dava aulas de reforço para crianças do meu bairro e para meus colegas de cursinho também, eles me pagavam e com esse dinheiro eu investia na minha poupança.

Até que um belo dia apareceu a chance da minha vida, o concurso para uma bolsa de estudos em uma das melhores faculdades de medicina do mundo. The Vancuver Medical University. Eu quase enlouqueci, porém como nada na vida é fácil a prova era no Rio de Janeiro. E da onde eu ia tirar dinheiro para ir e ainda por cima pagar a inscrição(nada barata por sinal)? Ok eu tinha minha poupança, porém e se eu fizesse a prova e passasse, como eu iria arcar com os gastos para ir à Vancuver? E se eu não passasse na prova? eu ia desfalcar bastande da minha magra poupancinha! Foi quando um anjo de Deus apareceu na minha vida, meu professor Hélio Braga. Eu estava em um cantinho escondido, na escola onde fazia o cursinho, chorando, tanto pela prova que não tinha como fazer, como pelo maldito momento que me apaixonei pela pessoa errada, resumindo estava um lixo, então fiz o que eu sabia fazer de melhor, orar pra que meu melhor amigo Deus, me desse uma resposta, um sinal, qualquer coisa a respeito do que eu deveria fazer. Foi quando o professor Hélio apareceu, ele me viu e perguntou porque eu estava chorando?! E eu contei, bem pelo menos a parti da bolsa de estudos. Então ele virou para mim e disse :

-É isso que você realmente quer pequena?

-Sim professor- falei de cabeça baixa tentando esconder as lágrimas que insistiam em querer descer.

-Então tudo bem. Vamos logo fazer sua inscrição e comprar sua passagem. A prova é semana que vem e não temos tempo a perder.- Ele me olhou com um grande sorriso no rosto, pegando minha mão.

-Hã??? Como assim professor? Mas Eu não. ..- tentei falar toda atrapalhada sem entender o que ele estava falando. Mas antes de eu terminar ele me cortou.

-...Não têm como pagar os gastos da viagem e etc! Tá eu sei, essa parte já entendi, quem não entendeu foi você! Estou pagando sua viagem e a inscrição da prova!

-Oi? Como é professor? O senhor o que?- felei achando que tinha ouvido demais.

-Luna minha doce menina, eu tenho certeza que você não é surda, então desfaz essa cara de mongol e vamos atrás de um computador para fazer sua inscrição e depois a uma agência de viagens comprar a passagem! E vamos logo que eu tenho que dar aula em...- falou olhando para o relógio. - Duas horas e meia. Então vamos...- e saiu me arrastando pelos corredores do colégio.

Ainda rio quando lembro desse dia. Lembo de quando saiu o resultado e eu fui a primeira colocada. Ele ficou tão feliz, naquele momento eu vi a alegria que meu pai teria se ainda estivesse aqui comigo nos olhos do tio Hélio que me abraçou e disse:

-Sonhar é lindo Luna, mas realizar os sonhos é melhor ainda.

Guardo isso até hoje no meu coração.

Depois do resultado, comecei os trâmites para vir para Vancuver como passaporte, matrícula, onde iria ficar e bem por aí vai. O tio Hélio e sua esposa Mara me ajudaram muito. A pior parte foi quando eu tinha arrumado minhas coisas para ir embora. Minha "querida tia" fez um escândalo, disse que se eu saísse que não voltaria mais a por os pés na casa dela. E bem, aquela era exatamente a minha intenção. Sai deixando ela falando sozinha e fui em busca do meu tão sonhado futuro.

Absolutamente Entregue a Você Where stories live. Discover now