Parte III - Capítulo 24 - Como ser uma péssima companhia

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Nota: Meus queridos e queridas! Essa é a última parte do livro nº 1. Se você chegou até aqui, sinta-se abraçada pela escritora amadora mais feliz do mundo [EU]! Mas, apenas para que vocês saibam, por questões de direitos autorais e blá blá blá, essa última parte do livro que será postada não é a versão final que eu tenho, pois não está revisado como a versão final! Então, por favor, deixem o vosso comentário para que eu saiba o que vocês estão achando, e assim, eu possa melhorar ainda mais! Novamente, muito obrigada por estar acompanhando meu livro até aqui! Beijinhos, Camilla <3.

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***

O TREMOR COMEÇOU logo quando comecei ouvir, de longe, trotes de cavalos. De vários deles vindo em minha direção. Olhei ao meu redor para procurar alguma rota de fuga. Eu não esperava encontra-los tão cedo.

            A área aberta do acampamento dos serviçais estava à beira do rio pelo qual eu saíra da Vila Antiga. Bem à minha frente, outra floresta começava, um pouco diferente da Floresta Grammond, mas mesmo assim, seus galhos eram muito altos. Nunca em mil anos eu conseguiria chegar ao primeiro galho. Voltei minha visão para trás, procurando o lugar por onde a canoa havia saído. Não havia um sinal de alguma passagem.     

            Os trotes de cavalo apenas aumentavam, juntando-se com o ritmo acelerado do meu coração. Ele pulsava em meus ouvidos, dificultando-me em discernir qual era qual.

            Para onde eu iria? Eu não fazia ideia. Se pelo menos Chad estivesse aqui comigo...

            Eu precisava sair dali. Olhei ao meu redor. Eu estava em pé no mesmo lugar, sem me mover, paralisada de temor. Sem dúvida nenhuma minhas pegadas já estavam fixadas na grama úmida de orvalho. Procurei atrás de mim pelas minhas pegadas saindo da margem do rio e consegui encontra-las. Fiz a única coisa que me pareceu mais inteligente.

            Andando para trás, tentei colocar meus pés exatamente no lugar onde eu havia pisado alguns minutos atrás. Mesmo que não houvesse ficado perfeito, dava para disfarçar.

            Alcancei a margem do rio no instante em que as sombras escuras começaram a surgir entre as árvores do lado esquerdo do acampamento. Agarrei minha bolsa de couro, colocando-a acima da minha cabeça, e entrei no rio. Congelando de fora para dentro, a água me cobriu até o quadril. Tentei caminhar o mais rápido que podia para o lado oposto da direção dos serviçais, mas eu estava indo contra a correnteza. Agarrei com a outra mão os galhos inclinados das árvores ribeiras para me impedir de ser levada para a direção oposta.

            Quando eu ouvi as vozes dos serviçais, eu não tive outra opção a não ser parar onde eu estava, exatamente embaixo do domo de uma das árvores. Seria impossível seguir em frente agora sem ser vista. A próxima árvore estava apenas à um metro e meio de mim, o que seria uma distância insignificante se não houvesse inúmeros serviçais que queriam me ver morta por perto.

            - Eu não vou tolerar isso novamente, você está me entendendo? – Eu contive um grito de susto ao ouvir a voz de um dos serviçais muito perto. Ignorei o frio, agarrando firme em alguns galhos e raízes enquanto minha outra mão ainda segurava minha bolsa acima da minha cabeça. Abaixei na água de forma que somente meu nariz e olhos ficaram para fora. 

            Os quatro outro serviçais olharam ao redor deles no momento em que eu me debati na água, mas não olharam em minha direção. De onde eu estava, eu conseguia vê-los perfeitamente através dos espaços entre as folhas da árvore.

O Florescer do FogoWhere stories live. Discover now