Capítulo 2

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Do lado de fora eu já podia ver o pub cheio. Achei estranho mas entrei assim mesmo.

Eu não tinha meu notebook em mãos porque dessa vez eu não iria ficar tentando escrever e sim esvaziar a cabeça.

Entrei e escutei a música alta se misturando as vozes das pessoas. Me dirigi ao balcão e toquei o bendito sino.

Rapidamente o mesmo moreno ignorante apareceu.

-Está fazendo o que aqui?-Perguntou seco.

O que ele tinha de lindo, tinha de mal educado.

-Vim beber, já está dispensando clientes?- rebati sarcástica. Ele levantou as sobrancelhas surpreso com minha resposta.

-Isso aqui é uma festa particular, a casa foi reservada- Explicou com o tom de voz inalterado.

Droga!

Agora eu seria posta para fora levando comigo a vergonha e toda a coisa ruim da minha mente que planejei deixa aqui nos meus copos vazios.

-Ei, você?- Alguém me cutucou.

Uma garota loira com olhos azuis estava falando comigo. Ela estava com uma expressão animada, até demais.

-Eu?- Perguntei curiosa.

-Você é Mikaela Johnson da revista Ever?- Perguntou com a voz fina e mais ou menos embargada.

-Sou eu- Respondi com uma ponta de alegria.

Alguém me reconheceu! Era pra Andrew escutar isso! Pff, não escrevo porcarias!

-Meninas, Mikaela Johnson da revista Ever está na minha festa de despedida de solteira!- Gritou me assustando.

Nesse momento eu reparei que o pub estava lotado de mulheres bebendo.

Todas gritaram animadas.

-Você é minha convidada de honra! Oh meu Deus, eu sou uma mulher de sorte!- Me abraçou dando pulinhos.

-Fique a vontade- Foi para a multidão de amigas afetadas pelo álcool.

Olhei para o moreno no balcão sorrindo vitoriosa.

-Parece que agora eu faço parte da festa então!- Ele revirou os olhos, eu dei uma gargalhada.

-Me serve conhaque, cara- Bati na mesa sem me preocupar se pareceu arrogância.

Ele depositou um copo redondo e curto de vidro no balcão de madeira.

-Traz outro copo!- Ele olhou para a bebida que havia terminado de colocar na mesa ,intocável, olhou para mim e sem questionar foi buscar outro.

-Esse é seu- Empurrei o segundo copo em sua direção- Por minha conta!- exclamei e em seguida empurrei o líquido do copo para dentro da minha garganta.

Desceu ardendo, fiz uma careta de dor.

-Anda, bebe- Incentivei o homem que ainda estava parado me olhando sério.

Ele tomou tudo e eu pedi o próximo.

Algum tempo depois, não sei ao certo o quanto, eu e o "cara" éramos amigos de infância. Nós dávamos risada de não sei o que, mas estava muito engraçado.

As garotas da festa gritavam e pediam umas as outras para virar a bebida do copo e não paravam com isso.

Eu estava sentada no banco do balcão porque não conseguia mais ficar em pé.

Mil histórias engraçadas e interessantes explodiram na minha cabeça, mas eu deixei para anotar tudo depois.

Talvez eu não lembrasse de nenhuma delas depois, mas o que isso importa?

A proposta - DEGUSTAÇÃO -Where stories live. Discover now