Capítulo 8

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-A gente vai sentir muita saudade!- Lena disse me apertando em um abraço.

Em seguida, Greta me abraçou.

-Traga presentes, ou algum armênio deus grego que nem o seu- Greta falou.

Mais uma vez eu ri. Eu sentiria falta de minhas irmãs indiscretas e sem juízo.

Fábio me esperava um pouco mais longe me dando a liberdade para me despedir de minha família e eu agradeci por isso.

Depois de falar com todo mundo, segui meu caminho para o lado de Fábio. Ele estava vestido de forma elegante, com um jeans escuro, camisa modelo indiana branca e um sobretudo azul escuro por cima, muito diferente do convencional jeans desbotado e camiseta.

Puxei minha mala de rodinha tamanho médio e o acompanhei rumo ao Check-in.

-Não tive tempo de fazer uma pesquisa. Como é onde você mora?- Perguntei enquanto esperávamos nossa mala passar na esteira.

-Vestia assim você vai desmaiar-Respondeu evasivo, ignorando minha pergunta.

O que tinha demais com a minha roupa? Era uma simples calça jeans, camisa de lã trama fina, casaco e botas, porque faz muito frio no avião.

-O que tem errado com você? Nunca responde como uma pessoa normal!-

Peguei minha mala que iria comigo na cabine. Ele pegou a dele e piscou para mim.

Era a hora de entrar na aeronave. Entreguei a passagem e seguimos o caminho.

-Bom dia senhores, queiram nos acompanhar por favor- Uma aeromoça sem vergonha falou pegando no braço de Fábio.

Oferecida!

Seguimos a mulher até uma porta, que na verdade era uma janela de tecido e do outro lado encontramos a primeira classe.

-Fiquem a vontade, aqui estão seus lugares-Apontou para uma dupla de assentos na janela do lado direito ao nosso ponto de vista, da nave.

-Primeira classe?-Perguntei surpresa.

-Você está me escondendo alguma coisa- Falei enquanto me sentava na minha cadeira do lado oposto da janela.

-Eu não tenho nada a esconder- Afirmou.

-Tudo bem, então me conta o real motivo que fez você sair de lá-Provoquei.

-Você vai saber quando chegar lá- Avisou.

-Muito misterioso- constatei, ele sorriu.

Eu tentava me convencer de que isso tudo daria certo, de que eu não iria me arrepender de aceitar essa proposta tão maluca só para conseguir um cargo melhor no trabalho, mas algo me dizia que alguma coisa estava errada.

Fábio.

Mikaela estava cochilando ao meu lado e logo estaremos pousando, mas eu não tinha coragem de acordar.

Se eu não soubesse como é quando está acordada talvez, em algum momento eu pudesse me interessar por ela, mas eu admito que toda sua teimosia, vivacidade e coragem para conseguir o que quer somando a uma mulher que pelo menos fisicamente parecia uma princesinha, um anjo, tornava tudo bem mais interessante.

Pensar que em breve estaremos na minha terra, perto da minha família e no trabalho que teremos para ela convencer a todos que estávamos casando de verdade me deixava nervoso.

Durante todo o tempo que estive com ela eu tentei ser evasivo com medo de que ela desistisse assim que eu contasse com era minha vida, minha família. Eu não podia correr esse risco de forma alguma já que ela parecia ser alguém sem muita paciência.

A proposta - DEGUSTAÇÃO -Donde viven las historias. Descúbrelo ahora