-Coitadinha....-Clarisse baixou-se para ficar da mesma altura que a minha mulher e ficou ali a olhar para ela.
-Se lhe tocas com mais um dedo que seja eu juro que te mato....-falei com raiva daquela cabra enquanto pousava o saco com as armas no chão.
-Ora ora...-ela olhou para mim e sorriu feita estúpida-olha querida só quem chegou-olhou para a minha mulher.
-O que é que lhe fizeste?-aproximei-me dela já descontrolado-eu juro que te mato.
-Calma querido não precisas de ser tão agressivo-encolheu os ombros-ela só teve o que mereceu e bem....ainda bem que chegaste, assim assistirás ao espetáculo.
-Se lhe tocas...
-Sim sim já sei...-ela revirou os olhos-"se lhe tocas com um dedo que seja eu mato-te"-imitou-me-querido sê mais original e inventa outra frase essa já está demasiado velha e usada.
Aquela louca aproximou-se da minha mulher e pegou-a pelos cabelos fazendo-a levantar-se do chão. Olhei para Lucy que estava a chorar e toda ensanguentada. O meu sangue começou a ferver.
-Harry....-Lucy olhou para mim com os seus olhos já azuis.
-Môr...-dei um passo na sua direção.
-Nem mais um passo...-falou Clarisse-vamos fazer uma coisa-ela pensou-dou-te a escolher.
Todos nós nos entreolhámos com as suas palavras.
-Tu queres a tua mulher sã e salva, não é mesmo?
-Claro...-quase gritei.
-Então tens duas hipóteses-olhou para a Lucy e depois para mim-eu mato a tua mulher e tu e os teus filhos ficam bem ou morres tu salvando assim a tua querida família.
-Não...-Lucy falou com dores-não o faças Harry.
-E como eu sei que tudo o que dizes é verdade?-olhei para aquela vaca.
-Vais ter de confiar nas minhas palavras-encolheu os ombros como se fosse óbvio.
-Eu....-olhei para a minha mulher e para os meus filhos-eu aceito.
-Não....-Lucy gritou.
-Desculpa meu amor-olhei no fundo dos seus olhos.
-Ah e outra coisa...-Clarisse falou-vais ter o prazer de morrer da mesma maneira que os meus homens-sorriu maliciosa-com uma bala de prata no peito.
Lucy apoiou-se no sofá com o desgosto. Ela só conseguia chorar com a mão na barriga cheia de sangue.
-Pela minha família eu faço qualquer coisa-falei determinado.
-Oh que cavalheiro-Clarisse troçou de mim-agora passa-me o saco que trouxeste e nada de truques ou quem sofre é a tua querida Luna-Clarisse agarrou em Lucy.
Eu voltei a pegar no saco das armas e entreguei àquele mulher nojenta cujo nome era Clarisse a vaca.
-Sabes querido Alfa...-ela falou tirando uma arma já carregada com as balas de prata-nunca pensei que fosse assim tão fácil a tua morte, se eu soubesse já o tinha feito há mais tempo.
Olhei para as minhas filhas que choravam agarradas às avós. Olhei para o meu filho que deixou escapar também uma lágrima, mas que logo a seguir a limpou. Olhei para a minha mãe e para a minha tia Amy e estas também choravam silenciosamente. E por fim olhei para a mulher da minha vida e deixei escapar uma lágrima ao vê-la assim naquele estado lastimável. Custava tanto vê-la daquela maneira desgostosa, mas eu por ela faço tudo, qualquer coisa não importando as consequências.
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I Need You
WerewolfLucy era uma rapariga comum como todas as outras. Ela tinha 19 anos e vivia com os seus pais adotivos em Londres. Lucy era uma rapariga bonita, de cabelos castanhos, olhos verdes, magrinha, mas era uma miúda muito rebelde e muito teimosa, mas lá no...