Capítulo 6

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- Tenho um pedido para você. Pare tudo o que está fazendo.

Foi assim que Blake, a melhor amiga de Alyna, entrou em meu escritório na quarta-feira.

Aparentemente, a carta seis que li no dia 01 do mês, como hábito, falou sobre a tragédia de Blake e a perda de seu destinado. Alyna falou para mim quando saímos pela primeira vez com Blake e me confundi por ela e Martin não usarem pulseiras, mas também não serem os destinados um do outro.

Saber que mesmo com toda a previsão de felicidade eterna no lado de quem somos destinados a amar, a probabilidade de perdermos nosso destinado me fez ser ainda mais cauteloso com Alyna. Agora, já não gosto mais que ela vá embora sozinha do trabalho ou faça compras sem companhia. No início, achei que ela fosse se aborrecer por estar sendo "perseguida" pelo seu namorado, mas acabei sabendo por Cynthia que ela tinha um humor muito melhor desde que decidi passar mais tempo com ela.

Blake veio ao meu escritório para pedir um favor que não pude negar. Pelo que entendi, Alyna havia recebido um telefonema de sua tia Sami informando que Max havia saído de casa. No entanto, Cynthia estava em um congresso fora da cidade e não queriam atrapalhá-la, principalmente quando o assunto era Max. No início, não entendi muito bem a razão de estar sendo chamado, Max tinha responsabilidade o suficiente para iniciar uma vida de solteiro ao invés de permanecer na casa dos pais; talvez tivesse apenas tido a ideia repentinamente e com a animação, saiu sem avisar. Não é impossível, fiz isso quando completei vinte e um.

- Você quer parar de criar hipóteses e terminar de me ouvir?

Blake e eu temos uma relação saudável. Desde a primeira vez que nos vimos, todos ao redor de Alyna se demonstraram dispostos a fazer qualquer coisa para mantê-la segura e feliz; contudo, de longe, Blake foi a que mais levou a função a sério. Entendo que melhores amigas mulheres possuem promessas entre elas que é inquestionável quebrá-las, mas quando se trata de Alyna e Blake, a questão é mais séria que o normal. Desde o primeiro dia em que nos vimos no jantar na casa dos Becker, no dia que eu e Alyna nos encontramos, Blake foi bastante clara em dizer que manteria seus olhos em mim até estarmos "velhos gagás". Desde então tenho recebido telefonemas dela perguntando se eu já saí para buscar Alyna no trabalho ou se não me esqueci do encontro de casais que ela marcou para nós quatro – eu, Alyna, ela e Martin. Na maioria das vezes, Martin diz que parecemos irmãos discutindo assuntos familiares ou tentando constranger o outro em público. A verdade é que gosto de Blake e a ideia de tê-la como irmã; sempre imaginei que se tivesse uma irmã mais nova, ela seria tão maluca quanto Blake. Além disso, nada do que fazemos é para machucar Alyna, por isso, estamos juntos para realizar uma boa causa: fazer minha namorada-quase-noiva e sua melhor-amiga a mulher mais feliz do mundo.

- O que pode ser tão grave para ele sair de casa, Blake? Ele só quer começar a ter independência; hoje deveria ser um dia feliz para a família, não...

- Parece que Max descobriu que não é filho biológico de Sami e Jack. – Blake parece que desistiu de esperar que me calasse, por isso, me atropelou. Se o assunto não fosse este que ela mencionou e ela fosse minha funcionária, ela estaria em maus lençóis.

- Como?

- Você ouviu?

- Tem certeza?

- Alyna está desesperada, porque também não sabia. Agora, você tem duas escolhas: um, ir até ela para consolá-la. – levantou o polegar. – Dois, sair à busca de Max. – levantou seu indicador. Aguardei mais alguma opção, mas não veio nenhuma. – Então? – ela colocou as mãos na cintura e imediatamente me levantei, pegando o casaco que estava pendurado no cabideiro no canto do escritório. – Qual das opções você escolheu? Preciso saber para fazer o oposto.

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