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– Você vai à Igreja amanhã? – Henry perguntou a seu melhor amigo, Louis. Ambos caminhavam lado a lado na calçada que levava até a mansão Styles.

– Claro que sim. – Respondeu o outro, sorrindo e arqueando uma sobrancelha. Henry assentiu, para demonstrar que estava prestava atenção. – Mal posso esperar para o jantar na sua casa hoje à noite depois do culto. Eleanor vai estar lá, e, pelo Cristo, acho que estou gostando dela.

Henry sorriu, batendo de leve nas costas do amigo.

–Isso é ótimo, Tommo. – Ele disse ao amigo, empolgado. – Ela é uma ótima garota. Educada, gentil, inteligente. Sem contar que pertence à elite, como a gente.

Louis assentiu, visivelmente feliz.

Eles caminharam lado a lado por mais alguns minutos, conversando sobre pizza, jogos, jantares e novos relógios da Rolex, para chegar até o grande portão dourado da mansão dos Styles. A família de Henry era uma das mais ricas da Inglaterra, sendo seguida pela de Louis Tomlinson – coincidentemente, seu amigo –, Liam Payne, filho do casal de empresários mais bem-sucedido do Reino Unido e Eleanor Calder, filha dos pastores mais ricos da cidade.

Henry apertou o interfone pregado no grande muro e esperou até que os portões fossem abertos. Assim, ele e Louis seguiram para dentro. O jardim lotado de flores coloridas, o cheiro de terra úmida e grama aparada se espalhava por todo lugar, o sol brilhava fortemente e barulhos de risadas e pulos na piscina eram audíveis. Provavelmente, a mãe de Henry e sua irmã mais velha estavam em casa, aproveitando os benefícios que a riqueza oferecia.

Ele empurrou a porta de madeira branca e adentrou a casa. O piso de mármore brilhava, demonstrando que havia sido limpo recentemente, os móveis da época colonial brancos com detalhes dourados davam um ar de harmonia ao ambiente, alguns vasos de lavanda decoravam as mesas e os corredores. Josephine, a gata branca e marrom dos Styles, estava esparramada no sofá.

Henry deixou a mochila encostada na parede perto da porta e indicou para Louis que ele deveria fazer o mesmo. Após isso, ambos caminharam por extenso corredor até a cozinha. Emma, a cozinheira, preparava algo que cheirava muito bem.

– Oi, Em. – Henry cumprimentou-a, inclinando-se para ver o que ela preparava. Parecia creme. – Isso é para o jantar?

– Sim, Sr. Styles. – Ela confirmou, sorrindo e elevando o olhar para ele. Emma não era velha, deveria ter quatro anos a mais que Henry, pois trabalhava na mansão para pagar a universidade que fazia. – Olá, Sr. Tomlinson.

Louis acenou timidamente, sentando-se em uma das cadeiras enquanto Henry bisbilhotava a geladeira em busca algo para comerem – porque Emma estava ocupada e ele não queria dispersá-la de sua atividade.

– Pizza de calabresa de ontem à noite? – Perguntou para seu amigo, puxando a caixa para fora da geladeira.

– E Coca-Cola. – Louis respondeu, levantando-se para pegar os copos enquanto Henry sorria e pegava pratos de porcelana no armário.

***

Henry pediu ajuda à Louis para colocar sua gravata, já que ele era um desastre em fazer isso sozinho. Seus sapatos sociais apertavam um pouco seus pés, mas não parecia algo tão ruim assim. Os cabelos castanhos encaracolados estavam arrumados em uma espécie de topete bagunçado jogado para o lado. O relógio prateado da Rolex brilhava em seu pulso e um lírio se mantinha preso ao bolso do paletó preto.

Louis vestia um terno azul escuro, sapatos marrons café e havia arrumado seus cabelos em um topete alto. Preferira não usar gravata, mas sim abotoar a camisa branca até a base do pescoço. Henry havia emprestado a ele um perfume masculino com um cheiro mais suave e adocicado. A calça social azul apertava demais suas coxas e ele começava a se sentir desconfortável, mas achou melhor continuar daquela maneira, já que não havia trazido nenhum outro terno e os de Henry provavelmente ficariam compridos demais nele.

Homewrecker (l.s)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora