Fire Starters

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oi galera!!!

estamos chegando no meu capítulo favorito dessa história até agora (próximo, no caso) e estou tão feliz porque hw é tão legal de escrever.

não tenho nada a dizer essa semana até porque foi um tempinho bem tranquilo e feliz. quero dizer, apesar dos desprezíveis atos machistas que sou obrigada a observar ao meu redor.

"Todo santo tem um passado, todo pecador tem um futuro." - Oscar Wilde.

boa leitura!!!!!

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Louis não sabia o porquê de estar fazendo aquilo, mas havia trocado seu moletom por uma calça skinny preta e sua camiseta do pijama por uma camisa polo caqui. Seus pés estavam acomodados em mocassins amarelos e seu Rolex estava no pulso. O problema era que isso tudo era para sair com Harry e não com Eleanor ─ qual era a deficiência dele para negar sair com a garota dos seus sonhos e escolher sair com Harry?

Bufando, ele decidiu que tinha de tirar aquele garoto de seu sistema antes que fosse tarde demais. Mas, ainda bufando, decidiu que precisava ir com ele até o tal do hotel. Estava curioso, afinal, para descobrir a verdade sobre aquele garoto que desaparecera e voltara em um piscar de olhos.

Harry era como essa mistura fascinante de tudo que Louis sempre fora proibido de pensar. Tatuagens, sexualidade, liberdade de expressão, falta de religião, aceitação, total desprezo aos conceitos impostos pela sociedade. Ele era livre para pensar o que quisesse, acolher quem quisesse. Isso de alguma maneira intrigava Louis, porque ele nunca pôde fazer nenhuma dessas coisas.

Guardou seu celular no bolso da calça junto a carteira. Ao descer as escadas e encontrar Maria, a governanta da casa da família Tomlinson, deixou-a encarregada de avisar Johannah de sua saída. Mentiu, dizendo que estava indo até uma lanchonete com um grupo de amigos. E enquanto saía pela porta da frente, pediu perdão a Deus pelo grande pecado que era a mentira.

O carro que Harry dirigia era um Camaro 1973 preto extremamente conservado. E Louis duvidou por alguns instantes que fosse ele até que o mesmo saltou para fora do veículo, vestindo calças jeans justas pretas e uma camiseta furada da mesma cor. Os cabelos castanhos estavam presos em um coque e um sorriso divertido decorava seus lábios fartos.

─ Como você está, meu bem? ─ Perguntou animadamente, aproximando-se de Louis. O mesmo arqueou uma sobrancelha, encarando-o desconfiado. ─ Não posso mais ser educado? ─ Questionou, abrindo a porta do carro para que Tomlinson entrasse.

─ Você fica estranho sendo educado. ─ Respondeu, dando de ombros e fechando a porta. Assistiu Harry dar a volta e se acomodar no banco de couro claro. Colocou o cinto de segurança logo após o motorista fazer o mesmo. ─ Onde fica o hotel?

─ Na parte rica da cidade, obviamente. É um hotel cinco estrelas. ─ Disse distraidamente, dando partida. As mãos grandes dele agarravam o volante e Louis percebeu que algumas de suas unhas estavam pintadas de vermelho.

─ Você pintou as unhas? ─ Soou chocado. Não conseguia desviar os olhos da tinta vermelha chamativa contrastando com a pele pálida da mão marcada por algumas tatuagens.

─ Pedi para Ava pintar para mim. ─ Comentou, ligando o rádio. Eagles passou a soar pelos alto-falantes. Com as janelas abertas, uma brisa suave entrava no carro.

─ Pintar as unhas não é coisa de menino. ─ Louis repetiu o que havia escutado milhares de vezes.

Harry riu.

─ Não existe isso de "coisa de menino" e "coisa de menina", meu bem. Nós somos livres para fazermos o que quisermos. E como você pode ver, pintar as unhas não me fez menos menino.

─ Então por que todo mundo diz isso toda a hora? ─ Tomlinson parecia confuso. ─ Por exemplo, quando uso uma camisa rosa. Todos da minha família riem e dizem para eu ir trocar, porque não é coisa de menino.

─ A sociedade tem esse hábito detestável de impor coisas que nem sempre são verdadeiras. Você é livre, princesa. Use quantas camisas rosas quiser, pinte a unha, use calcinhas. ─ Harry respondeu, com um sorriso carinhoso. Sentia-se mal, pois ninguém nunca havia dito aquilo para o rapaz.

Louis sorriu. Os olhos azuis se tornaram pequenas fendas rodeadas de rugas suaves.

***

─ Então a tia da Ava é dona de tudo isso daqui? ─ Perguntou Louis, admirando o enorme quarto de Harry. Havia uma televisão enorme pregada na parede, cercada por um sofá maior ainda. O ambiente também tinha uma cozinha pequena e uma varanda razoável. No piso de cima havia a suíte.

─ É. E ainda teve a bondade de me dar de presente a Cobertura Presidencial. ─ Harry disse, jogando-se no sofá. Ele havia tirado as botas e as meias. Tomlinson estava na varanda, olhando o movimento dos carros e o céu escurecer aos poucos. Era tudo tão lindo do alto. ─Venha cá, princesa.

Louis se aproximou, sentando-se ao lado dele no sofá cinza e macio.

─ Sim? ─ Perguntou, sentindo um pouco de desconforto. Os olhos verdes de Harry analisavam-no profundamente.

─ Você experimentou a calcinha, não foi? ─ Tomlinson quase engasgou com a sua própria saliva a medida que a voz rouca soou pelo enorme quarto. ─ Não adianta falar que não. Já vi que aconteceu. ─ Harry se arrastou para mais perto do garoto. ─ Como você se sentiu?

─ S-sujo ─ gaguejou, sentindo algumas lágrimas arderem em seus olhos. Não fazia ideia da razão pela qual estava prestes a começar a chorar. ─, mas a calcinha era tão linda, Harry ─ choramingou, balançando a cabeça de um lado para o outro. ─ e eu queria tanto usá-la.

─ O que te impede de usá-la, meu bem? ─ Seus dedos acariciavam as bochechas macias do rapaz frágil.

─ Não acho que Deus aprove esse tipo de ato. ─ Murmurou com lágrimas escorrendo por seu rosto delicado e rosado.

─ Deus quer que você seja feliz, ok? E se a calcinha te fizer feliz, acho que não tem problema algum. ─ Harry sussurrou, puxando Louis para seu peito. O garoto fungou, agarrando o tecido de sua camiseta.

─ Eu posso trazê-la para lavar aqui depois que usar? Mi-minha mãe não pode saber. ─ Disse, levantando a cabeça para encará-lo. Harry sorriu, assentindo. ─ Obrigada.

Louis piscou, sentindo os cílios úmidos irem em encontro a sua pele e voltarem. Nunca havia reparado na beleza de Styles daquela maneira antes. Os seus olhos verdes eram como esmeraldas, a pele pálida reluzia com a luz dourada do quarto, os lábios eram tão carnudos e avermelhados, a mandíbula tão perfeitamente traçada.

Harry se inclinou para frente, colidindo com seus lábios nos de Louis. O garoto tinha gosto de chiclete de tutti-frutti enquanto ele tinha gosto de cigarros. Levou suas mãos para o cabelo curto dele, puxando-o mais em sua direção. Louis não se afastou, ao contrário do que pensou que aconteceria. Ele retribuiu o beijo, delicadamente e com cuidado.

Afastou-se após perder a respiração.

─ Desculpe-me. ─ Murmurou tímido, com os lábios extremamente rosados e as bochechas avermelhadas de vergonha.

─ Tudo bem. ─ Harry afirmou, maravilhado.

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pRIMEIRO BEIJO DO OTP!!!!
só isso mesmo que eu queria dizer.
votem muito e comentem!!!!!
xx

Homewrecker (l.s)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora