Road

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Notas Iniciais.

Ok, esse é o capítulo que eu mais queria escrever, tinha planejado antes de tudo. Se ficar tão bom quanto eu imaginei... Deuses. Bem pequeno mesmo, desculpa. Espero que gostem e NÃO ME MATEM. Três beijos.

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~~Sam~~

Aquele não era o melhor plano. Deixar a todos, com um dinheiro que durasse pelo menos sete dias... Não era realmente um plano, e sim uma rota de escape. Paguei um taxi para me levar até Guide Rock, em Nebraska, o que demorou meia hora e levou quase todo o meu dinheiro. Não que seja problema, sendo que lá fraudaria qualquer outro cartão. Paramos perto de um motel, aonde me registrei e deitei cansado na cama. O dia fora agitado, e estou cansado. Olhando para o relógio digital com o vidro quebrado ao lado da minha cabeceira, eram apenas três horas da tarde, poderia dormir um pouco. Observo o quarto, que não era tão diferente dos que antes costumava pegar com Dean. Pintura gasta, cama não tão macia, mas com os lençóis limpos, o que era surpreendente. Há também um banheiro, que estava limpo, pelo que via de fora. Depois de constatar os fatos, meus olhos pesam, e quando percebo, estou dormindo.

***

Acordo suando. Mais um pesadelo, e o mesmos de ontem, e dos outros vários dias. Suspiro cansado e olho para o relógio, que agora marca nove horas da noite. Sem que eu pense em mais nada, ouço o meu estômago roncar. Quando entrei no motel, havia percebido uma lanchonete ao lado, possivelmente parte do local. Vou ao banheiro e tomo uma ducha pensando em todas as circunstancias que me fizeram sair de casa. Após colocar a roupa, saio rumo a porta.

***

O lugar é limpo. Mesas redondas e coloridas, um pequeno bar e um ar condicionado possivelmente quebrado, típico de filmes dos anos 80. Vazio, tirando o possível dono e eu mesmo.

Ótimo.

Peço uma cerveja e enquanto aguardo, observo ainda mais o local. Cheiro de gordura, com um local para karaokê ao fundo, provavelmente intocado por alguém, pois é a coisa mais nova da lanchonete. Sorrio ao pensar em Gabriel reclamando e logo após indo cantar algum clássico. O sorriso se desmancha, e penso o quanto eu deveria esquecer o mundo lá fora e pensar nessa saída como umas férias para a minha cabeça. Tem que ser não? Pois se eu saí de lá com esse intuito, porque continuaria pensando em tudo que está me deixando para baixo? Suspiro cansado e observo a bebida chegar. Gelada, pelo menos. O homem parece cansado e aliviado por pelo menos uma pessoa entrar no estabelecimento. Seu cabelo grisalho e barba do mesmo tom o deixavam mais velho do que deveria, e sua barriga grande não ajudava também. Agradeço com um aceno, o que o mesmo também faz. Ouço a porta do local abrir e fechar, e a face dele muda de aliviado para incomodado. Olho de lado e percebo uma mulher se sentar ao meu lado, com um mínimo sorriso no rosto.

- Olá Scott.

O olhar do tal Scott se transforma em nojo. Ok, relação complicada por aqui. A mulher é jovem, por volta de trinta anos. Cabelos ondulados e castanhos, olhar penetrante e desafiador. Se não soubesse, pensaria que era uma caçadora.

- O que você quer?- Fala o homem de forma dura e ranzinza.

A garota levanta os braços em rendição. Observa e coloca os olhos em minha bebida.

- O mesmo que o grandalhão aqui.

Olho agora diretamente para a mesma, e antes que eu fale alguma coisa, seu olhar se torna surpreso e feliz. Espere...

- Sam!? Ai meu Deus, quanto tempo seu idiota. Poderia ao menos ter telefonado.

- Ruby. - dou um sorriso sincero enquanto a mesma parece mais aliviada com a minha presença. - Desculpe, sabe como são os negócios.

Sorrio ainda mais. Como ela estava ali? Faz tanto tempo... Hora de colocar alguns assuntos em dia.

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Notas finais.

Adoro suspense. Mesmo. Curto mas preciso, desculpe se esperavam algo parecido com os outros, sei lá. Ruby... Sam parece feliz de encontra-la, não é? Se nao gostou disso, apenas feche os olhos, conte até cem e aceite a felicidade dele. Até a próxima!



Você mal sabeWhere stories live. Discover now