Você mal sabe

kill

nota: att dupla pq a inspiração bateu.

~Gabriel~

- Isso. Foi. Maravilhoso. - sussurro.

Olho para o rosto de Sam, que está dormindo. Sorrio de lado vendo seu cabelo bagunçado e seu peito se movendo conforme a sua respiração. Deitado em seu abdômen, beijo usa testa e levanto, já vestido com um estalar de dedos. O cubro com o lençol e sorrio de lado.

- Isso é um pecado, mas você deveria beber sangue de demônio mais vezes se vamos terminar em sexo.

Passo às mãos pelo rosto. Esse comentário foi péssimo, levando em conta que Sam está tão... Perdido. Estava bom, é verdade, mas as vezes via seu olhar perdido de cachorro que caiu na mudança, um olhar que ele logo fingia não existir. Seu sorriso às vezes desaparecia, como se estivesse ouvindo algo ou alguém. Quando o mesmo falou da Ruby... Será que não percebia que teriamos que mata-la? É péssimo perceber que só comecei a ver o quanto ela é importante para Sammy, como irmã, no final de tudo.

- Está tudo bem?

Acordo dos meus pensamentos e olho para o homem que havia falado com uma voz preguiçosa. Confirmo e sento na cama.

- Sim, só pensando - sorrio.

Ele revira os olhos e senta na cama. Estalo os dedos para vesti-lo e Samuel sorri timidamente.

- É que você está com aquele olhar preocupado de novo.

Mordo os lábios e suspiro.

- Estou? Bem, não tem como evitar. Você sabe que teremos que matar a Ruby-Humana, não sabe?

Seu olhar divertido some, deixando um rastro triste para trás.

- Podemos exorciza-la.

- Para ela voltar mais forte? É Sam, ótima ideia. Você tem que aprender que não dá para salvar todo mundo, supera. Não irá concertar os erros do passado assim, sabia?

Tapo a boca rapidamente, vendo o que falei. Sam balança a cabeça em choque.

- Desculpe, Sammy-Boy, eu...

- Como você teve a coragem de falar isso? A Ruby foi uma das minhas únicas amigas na faculdade, me ajudou com tudo. Sabia que foi ela que me deu coragem para continuar a escola, pois eu tinha medo de não ser capaz? Eu devo muita coisa à ela. Não vou mata-la.

Confirmo rapidamente e toco no seu joelho. Ele olha para o local e balança a cabeça.

- Eu não quero discutir. Só pare de falar coisas idiotas. - ele sussurra.

Franzo o cenho e cruzo os braços.

- Ei!

Pela primeira vez Samuel ri fraco, mostrando as suas covinhas.

- É, ok, desculpe - ele sorri de lado.

Beijo-o, passando às mãos pelas suas costas. Ele retribui e logo se separa.

- Provavelmente Dean e Cas vão voltar só amanhã. Poderíamos tentar achar algumas maneiras de matar Ruby sem matar a minha amiga.

Faço bico, desanimado.

- Ou poderíamos transar de novo.

Ele revira os olhos e levanta, indo até uma estante pegando o diário de seu pai.

- Poderia ir na biblioteca da cidade pegar alguns livros?

Ele se vira com um belo sorriso nos lábios.

- O que eu não faço por você, Samuel?

Suspiro, desaparecendo.

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Depois de pegar os livros, estamos na lanchonete lendo alguns deles. Quero dizer, Sam está lendo, eu só estou assistindo. Seus olhos tão vibrantes e concentrados, e ainda por cima preocupados. As vezes estremecia, e sabia que continuava com alucinações, mesmo que evitasse falar.

- Está tudo bem? - sussurro.

Ele me olha e sorri fraco.

- Vai ficar.

Coloco a mão em cima da sua e sorrio. Abro a boca para falar algo e vejo Scott, o irmão de Ruby, chegando.

- Eu preciso que vocês saíam do meu estabelecimento.

Franzo o cenho e olho para o mesmo.

- Se for porque não compramos nada...

- Não. Só quero que parem com essa pouca vergonha.

Seus olhos se encontravam fixados nas nossas mãos e olho para trás dele, aonde vejo alguns jovens se beijando - quase se engolindo.

- Só estamos com as mãos dadas, e eles estão quase se comendo. Você é homofobico por acaso?

Aquilo não precisava ser respondido, pois em seus olhos haviam o ódio de algo que não conhecia, que não sentia.

- Desculpe se nenhuma mulher ou homem tem atração por você, seu imbecil, mas isso não quer dizer que precisa privar pessoas que estão apenas com a merda das mãos dadas!

Grito, avançando no mesmo. Coloco o dedo em seu peito e quando vou quase bater em seu rosto, sinto Sam segurar no meu ombro.

- Não vale a pena você tocar em bosta, Gabe. Vamos subir.

Ele pega os livros e sai do estabelecimento. Olho nos olhos de Scott.

- Você não merece ter um irmã como R.

Cuspo em seu peito e saio.

- Sai, bicha!

Fecho os olhos fortemente e saio, vendo Sam me esperando.

- Que homem nojento, Sammy.

- É por isso que Ruby foi tirada de casa.

Levanto às sobrancelhas.

- Ruby foi pega beijando uma garota, pois é bissexual e... Scott viu. Os pais dos dois morreram à algum tempo e o homem sempre tomou conta da garota. A expulsou de casa, e a saída dela foi ficar na faculdade que sempre sonhou cursar.

Abro a boca várias vezes. Havia julgado a mulher muito mal, realmente.

- Sinto muito por ela.

Ele confirma e caminhamos até o quarto, aonde Sam fecha a porta e sorri, me puxando pela cintura para um beijo. Surpreso, retribuo, colocando a mão em seu ombro. Botando os dedos em meus cabelos e os puxando, Sam começa a beijar o meu pescoço e respiro fundo.

- Eu sei que está meio desanimado. Só me ajude a arrumar uma forma de ajudá-la, sim? - Samuel sussurra em meu ouvido. - Não iremos nos abalar com comentários idiotas.

Ofego e me separo, pegando os livros e sentando na cama.

- C-Claro, Sammy-Boy. - gaguejo, suspirando.

Ouço sua risada e sinto que ele senta na minha frente, e começa a folhear algumas páginas. Suspiro e olho para o mesmo por trás do livro, vendo o seu olhar duro, com os lábios franzidos.

- Você sabe que não irá dar em nada, não sabe? - sussurro.

- Precisamos tentar, Gabe. Eu faria o mesmo e muito mais por você.

Sorrio triste e suspiro. Levanto às sobrancelhas.

- E se a gente a perfurasse com a faca dos demônios de leve, não tão fundo para não matar a casca, e somente matar o demônio? Levar a Ruby ao hospital e salva-la, final feliz.

Sam me olha e sorri de lado.

- Isso pode dar certo.

O entusiasmo em sua voz é contagiante.

- Eu sei, sweetheart.

Revirando os olhos, Campbell me dá um selinho.

- Eu amo você, arcanjo.

- Também amo você, humano.