The Holiday - Larry, Ziam

Capítulo Quatro

Chegar em Los Angeles, para Zayn, era um sonho. O Sol, o mar azul, o céu aberto, o clima quente, isso seria o céu? 

Com a brisa batendo em seu rosto, ele observava da janela do táxi todos esses aspectos que L.A. lhe oferecia, já que Londres, mais especificamente Surrey, não havia praias, e a maior parte do ano o clima era frio e chuvoso. Percebeu o tempo que perdeu em quatro anos na redação e sem férias alguma, nem dias de folga. 

Prometeu para si mesmo que iria aproveitar ao máximo esse tempo longe de toda a dor de cabeça. 

O bairro onde Louis morava era residencial e completamente luxuoso aos olhos de Zayn, que estava acostumado com a simplicidade de seu chalé e suas tardes de domingo em algum restaurante barato no centro da cidade. Ver todos aqueles coqueiros, as praias, as mansões, era como se estivesse em algum filme de Hollywood. 

Naquele mesmo momento, Louis estava chegando ao chalé de Zayn.

Dormindo no carro do motorista - pois não gostava de esperar táxi -, acordou com o mesmo o chamando.

— Oh moço! – Louis acordou com o motorista quase gritando, fazendo-o se assustar e levantar do banco. 

— Oi, acordei! 

— Chegamos.

Louis tirou sua viseira, olhou para o lado, abriu a janela do carro e ficou de cara com um pequeno cemitério.   — Não pode ser aqui. 

— Não, tem que subir por ali – o motorista indicava —, mas o problema é que eu não vou conseguir manobrar do outro lado. Será que o senhor poderia ir andando? 

Louis achou um desaforo. — Não! 

Mas sim, ele foi andando. 

O motorista foi obrigado a sair do carro, tirar suas malas do porta-malas, fazendo Louis sair do carro e ficar abandonado no meio da rua deserta, coberta por neve. 

Ele andava pela neve carregando suas malas de viagem e uma de mão. Estava quase desistindo dessa viagem só pelo fato de ter que andar no frio até o chalé. Por um momento, ele escorregou no gelo, fazendo-o se segurar em um galho na árvore acima de sua cabeça e algumas bolas de neve caíram sobre seus cabelos. Mesmo com o frio, teve que andar tanto que acabou tirando seu casaco e amarrando na cintura para poder levar as maladas com mais facilidade. 

Avistou o chalé há poucos metros, chegou até o portão baixo e passou a mão na placa para ter certeza de que era lá. 

Rosehill Cottage

— Cheguei! – disse para si mesmo, animado. 

Louis tinha o costume de falar sozinho. 

Quase sempre. 

Quase sempre, também, Zayn ficava boquiaberto com as coisas inesperadas que aconteciam em sua vida, como por exemplo, chegar na mansão de Louis, entrar e ficar impressionado.

Ele fez questão de passar por todos os cômodos. Largou sua pequena mala de viagem e a mala de mão no hall de entrada da casa, entrou na sala de estar e ficou deslumbrado com tanto luxo. Vários tipos de sofás, uma lareira de mármore e móveis importados. Saiu, foi até a parte de fora da casa tendo a visão de uma grande e notória piscina. 

Deu pulinhos de alegria. 

Entrou na cozinha, vendo todos os aparelhos de última geração, uma ilha em forma de bancada para servir seus convidados, tudo muito lindo... Mas o que lhe chamou a atenção mesmo não foi a academia completa que Louis havia instalado em sua casa, não foi a sala de televisão e nem seu escritório maravilhoso, o que chamou mesmo a atenção de Zayn foi a cama king, os travesseiros de pena de ganso e os edredons de puro algodão estendido na cama que viu e correu até ela, se jogando, não querendo levantar de lá nunca mais.