Capítulo Quatorze

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Nota: é agora, é agora, é agora que o Zayn vai acordar, amém senhor!

Liam e Zayn estavam sentados no balcão de um restaurante japonês. 

Era uma tarde ensolarada, nada poderia arruinar o clima em que os dois se encontravam. Plenos, calmos, relaxados, conversando como se tudo estivesse bem. E de certa forma estava. Aquele almoço não poderia melhorar. Talvez, se fosse melhorado, estragaria, então que continuasse. 

— Quantos desses filmes estão na lista dele? — Liam perguntava para Zayn sobre os filmes que Arthur havia indicado. Os dois ainda comendo e bebendo sobre o balcão do restaurante, sentados em uma banqueta alta. 

— A, uns quinze. Eu adorei! 

— Eu sei. Eu só não sei como não vi As Três Noites de Eva antes.

—Barbara Stanwyck está maravilhosa nesse filme. Eu acho ela tão segura de si mesmo. — Dizia Zayn enquanto comia um temaki. 

— E sexy! 

— Muito sexy! — estava empolgado. — Sabe, todos os filmes que ele me recomendou, tem sempre uma pessoa muito poderosa. 

— Hum... Será que ele está tentando dizer alguma coisa com isso? — Liam falou puxando o sache de shoyu que estava longe, mas esse movimento fez cair um pouco nas calças de Zayn, e ele imediatamente, sem que Zayn percebesse, pegou um guardanapo e começou a limpar. 

O problema naquela situação era o fato da mancha estar próxima a braguilha da calça de Zayn, o que fez ele ficar sem graça com o toque de Liam ali, na zona perigosa.  

— É... — Liam tentou falar, um pouco vermelho de vergonha. — Me desculpe. Esbarrei no seu... Na sua... Calça. — Zayn começou a rir descontroladamente. — Foi tipo um acidente, tá legal? Ninguém viu. Desculpe. 

— Mudando de assunto...

— Maravilha.

— O Arthur pediu para você escrever uma letra para o tema dele.

Sim, Zayn havia conseguido convencer Arthur a ir na tal homenagem. Estava ajudando-o a andar sem o auxílio de algum objeto, dependendo apenas de suas pernas e sua boa vontade. As caminhadas e exercícios na grande piscina da mansão estavam sendo úteis, não poderia negar. 

Foi nesses dias livres que Zayn e Liam se aproximaram também. Não só por terminarem a noite ao som de músicas calmas e canecas de chá, mas também por almoços demorados e fatais. Também pelo fato de que Liam saiu com Zayn e Arthur para procurar um terno que o senhor usaria em sua homenagem. E foi também em algum dos dias que Zayn sentou ao lado de Liam, e o viu compor uma música para a cerimônia de Arthur. 

Mas a melhor parte foi quando ele disse enquanto manuseava as teclas do teclado: — Zayn, se você fosse uma música, seria a melhores notas.

Tudo isso o aproximava de Liam e estava acontecendo rápido demais. 

O telefone de Liam tocava e Zayn parou a conversa para lhe perguntar: — O que foi? Quem é? 

— É a Sophia. — Ele atendeu. — Alô. — Suspirou depois de alguns segundos. — Ah... Oi. É... É... Eu estou bem. — Pausa. — Na verdade, Sophia, eu estou um pouco ocupado agora. — Outra pausa. — Eu não sei... — Mais uma pausa e Zayn o olhava pelo canto do olho, tenso e atônito. — Tudo bem, eu vou. — Suspirou novamente. — Não, não, não, tipo, uma meia hora. — Liam olhou para Zayn ao dizer o tempo e isso fez com que o menor tomasse uma expressão um tanto quanto estranha em seu rosto. — Um pouco mais. Tá bom, tchau. 

Ele desligou e Zayn no mesmo momento olhou para Liam, de forma calma e paciente.

— Ela disse que está com saudade. 

The Holiday - Larry, ZiamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora