Capítulo 8- Conhecendo

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A casa da mãe do John, é muito aconchegante, quente e limpa. Ela me recebeu muito bem, apesar de eu ser uma total estranha por aqui. E quando eu digo me recebeu muito bem, eu quero dizer que ela fez eu me sentir em casa. Gostei muito dela, até porque eu nem sei de quem devo gostar.

Seu nome é Margarida, e ela nem tem cara de ser tão velha assim. Não tem uma ruga no rosto, seus dentes são brancos igual a nuvens, seus cabelos castanhos quase loiros, olhos azuis, não é magra mas também não é gorda, e isso faz dela ainda mais bonita.

Quando cheguei, pensei que ela não iria gostar nem um pouquinho de mim. Mas assim que pus meus pés dentro de sua casa, ela abriu um grande sorriso e me abraçou tão forte que pensei que ia desmaiar por falta de oxigênio. E por isso não avia nem duvidas se ela gostava de mim ou não.

John conversou um pouco com sua mãe, e depois disse que tinha que ir ao palácio para uma reunião sobre o que acabara de acontecer a poucas horas atrás, e assim eu fiquei sentada em um pequeno sofá observando os objetos da sala.

D.margarida chegou com uma xicara  de chá, e se sentou ao meu lado em um outro sofá.

  -"Então.....Já te disseram que você se parece muito com uma princesa?"-pergunta e eu aceno com a cabeça. Essa historia de novo não.-"Você me lembra alguém"- cochichou olhando para a lareira.-"Sabe você é muito bonita"- agora falou mais alto sorrindo e eu retribui.

-"Obrigada D.Margarida"-disse esfriando meu chá e tomando um gole.

-"Não me chame de dona, só Margarida por favor"-riu-" Dona, senhora.....Parece que sou mais velha do que pareço."-ri novamente agora mais alto.

-"Desculpa, senhorita"- ambas rimos-"Quantos anos a sen.... você tem ?"-pergunto me lembrando do que me disse e ela ri.

-"Tenho quarenta. Fui mãe muito cedo com apenas dezoito. Eram tempos difíceis aqueles..."-olha para um canto pensativa-" Naquele tempo, não se podia casar com quem quisesse. Os pais é quem escoliam os maridos e as esposas. Mas apesar de tudo isso fui uma mulher de sorte, meus pais me casaram com um cavaleiro honrado pelo rei."- ela falava e seus olhos brilhavam.

-"E o que aconteceu com ele?"- Minhas palavras só vão fugindo pela minha boca, e nem penso nas consequências.

-"Quando John tinha quatro anos, ouve uma guerra impiedosa contra os bruxos"- ela bebe um pouco do seu chá -"Ele morreu defendendo nosso povo"- ela morde o lábio de baixo, e então entendo o que ela quis dizer.-"Mas isso são aguas passadas, não se preocupe tenho orgulho do marido que tive"- ela me olha com aqueles grandes olhos azuis e sorri.

Assim que eu pus a xicara em uma mesa de canto, continuamos conversando por um bom tempo, e descobri varias coisas sobre o John. A mãe dele diz que pela falta paterna, ele se tornou um pouco assanhado.Ela também diz que ele tem muito orgulho do pai que teve, e se tornou o braço direito do rei. Fiquei impressionada quando ela disse que ele fazia o seu melhor para se tornar igual ao pai, e foi o que conseguiu.

-"Então.... temos que mudar essas roupas"- ela diz apontada pra a minha roupa e eu dou um sorrisinho envergonhado. Li em alguns livros que na época medieval, roupas curtas eram muito vulgares e que chamavam atenção, e eu percebi isso de primeira.-"Tenho certeza que minhas roupas não vão caber em você. Quer andar um pouco pelo reino? Assim nos vemos se achamos algum vestido para ti"-ela levanta sem mesmo me deixar responder, agarra meu pulso e me leva para fora.

Andamos por muitas ruas lotadas de vendedores e pessoas. Alguns me encaravam e outros só passavam os olhos. Margarida me levou a uma senhora costureira muito querida que nem cobrou o serviço, e pediu para mim voltar em dois dias, disse sempre sorrindo graciosamente para mim. Eu a agradeci e disse que se ela precisasse de minha ajuda para qualquer coisa era só me chamar.

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