Grande armação

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Meu primeiro instinto foi correr até ele e checar se estava vivo. Estava... Checar por maldições. Crucios... Por que Draco Malfoy estaria inconsciente e torturado em frente à sede da Ordem da Fênix?? Não conseguia mandar um patrono mensagem naquelas condições para avisar ninguém, infelizmente o patrono sempre fora um feitiço complicado para mim, e não tinha coragem de correr até a sede e deixá-lo sozinho. Aparatar para mais perto da sede estava fora de cogitação com a atual situação física do Malfoy, então... Eu o levantei. Simples assim. Ele não era leve, é claro, mas também não era pesado. Eu podia sentir suas costelas enquanto respirava e, pelo clique que sentia na ponta dos dedos da mão esquerda eu podia dizer que ele tinha fraturado algumas delas. Quando finalmente cheguei a fachada que mostrava uma falha na numeração suspirei ao notar o quão difícil seria pegar minha varinha. Deitei Malfoy na calçada e abri a passagem. Antes que pudesse pegar o sonserino novamente Rony irrompeu da porta.
- onde é que você pensa que estava? Você acha que pode.... Eu não acredito.
- Ron! Não é o que você pensa!
- HARRY! REMUS!! MOOOOODY!!! - gritou ele correndo para dentro
Fiquei estática sem querer deixar Malfoy ali. Eu não devia me importar com ele depois de tudo o que havia feito, mas supus que minha natureza fosse simplesmente muito boa para isso. Remus apareceu chocado na porta, mas logo foi empurrado com brutalidade por Alastor que abria caminho até nos.
- O que está fazendo com isso? Já falei pra não trazer lixo da rua. - disse ele
- ele estava jogado na praça! Foi torturado, senhor! Eu... Não podia deixá-lo lá! É desumano!!
Ele bufou e levitou Malfoy até a porta. Como não pensei em levita-lo? Como sou burra! Corri para dentro onde Harry e o resto da ordem me observava com certo horror, afinal até poucas horas alguns deles pensavam que eu estava macomunando com a figura desmaiada ali. A falta do rosto pálido e oleoso de Snape me deu calafrios, lembrar que ele havia matado Dumbledore era simplesmente mais do que eu podia suportar. Corri para o quarto que eu dividia com Gina evitando os olhares inquisidores.

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Droga. Como se todos já não estivessem desconfiados o suficiente, ainda tenho que aparecer com o Malfoy na minha primeira noite de volta à ordem. Esse loiro aguado está destruindo minha vida, pedacinho por pedacinho. Talvez esse fosse o plano dele, ao me beijar! Talvez ele QUISESSE que o Harry visse e assim ele destruiria completamente a confiança de todos em mim!
Bufei.
Eu estava dando muito crédito para o Malfoy, isso seria muito inteligente para ele. O problema é que era a única explicação que eu tinha! E subestimar seus inimigos não é muito inteligente. Por fim decidi aceitar minha primeira - e única - explicação para as atitudes do garoto. Antes que eu pudesse descer e me explicar Gina entrou no quarto com os olhos arregalados.
- Você... Oi.
- Gina! Oi, como está lá em baixo?
- Ele está bem, se é o que quer saber...
- O que? Não, eu não dou a mínima! Não acredito que até você acha que eu estou do lado deles!
- É claro que não acho, Mione... Mas eu pensei que... Com o que você me disse no... Oh!
Parecia que Gina havia sido atingida com uma frigideira na cara.
- O que foi, Gina?! O que eu te disse?
- Nada. Você provavelmente já estava sob a maldição impérius quando disse.
- Tá brincando comigo, Gina?! Eu não lembro de metade do ano, diz logo o que eu disse!
- Você disse... Que amava o Malfoy. E eu te ajudei... Com um plano para trazer ele para a ordem em segurança. Sem que os pais dele saíssem feridos.
- Então esse era o plano dele. Como PODE me ajudar com uma coisa dessas? Como não desconfiou que tudo não passava de uma trama do Malfoy!? Quem sabe até do próprio Voldemort!!
- Desculpa, Mi... Eu acho que... Não sei, você parecia tão feliz. Não te via feliz assim desde o quarto ano. Depois daquele baile você ficou bem arrasada, aí você-sabe-quem voltou e... Eu só estava feliz de ver você animada.
- Ok... Vamos esquecer isso, Gina. É melhor assim. Mas temos que avisar a ordem, Malfoy NÃO PODE ficar aqui! Era o plano desde o início.
Corremos para baixo e quando chegamos na cozinha encontramos todos em volta do loiro que estava desacordado na mesa da cozinha.
- Temos que dizer algo!
- Isso é uma reunião confidencial, Hermione. Sinto muito, mas vai ter que esperar lá fora com a Gina.
- MAS EU NÃO SOU O TÓPICO DA DISCUSSÃO! - Disse Gina recebendo um olhar de repreensão meu.
- Remus, Alastor, eu falo sério. Se não tirarmos Malfoy logo dessa sala estaremos em grande perigo!
Todos olharam para o loiro como se ele pudesse explodir a qualquer momento e exatamente quando a tensão estava alta o garoto abriu os olhos. Rony pulou quase dois metros para trás, Harry deu um murro na mesa e Lupin colocou a mão no coração em choque com uma Tonks muito risonha de toda a situação em pé ao seu lado. Gina já tinha soltado uns dez palavrões quando eu consegui tirar meus olhos do mar cinzento que eram os do Malfoy.
- O-o que? - balbuciou ele
Aparentemente ele estava enfeitiçado pois não havia movido um músculo desde que abrira os olhos e ninguém abria a boca para falar uma palavra se quer. Até Harry se levantar.
- Por sua culpa. - afirmou ele. - por sua culpa Dumbledore esta morto! Eu devia matar você agora mesmo!
Eu quase gritei não. Quase. Mas eu sabia que se o fizesse todos olhariam para mim com ainda mais suspeita.
- Deixa a coisinha falar em própria defesa, pelo menos - disse Alastor.
Malfoy parecia perdido, para dizer o mínimo, e quando finalmente notou que todos o observavam esperando que falasse fez apenas uma pergunta.
- Quem sou eu?

Ao ajudar meu melhor amigo - Dramione (Segunda Temporada - em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora