{ parte 7 }

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Nunca era vista sem seu caderninho e copo de café. Talvez pudesse ficar o caminho todo sem tocá-los, mas sempre estavam lá. Era um habito que poucos tinham, mas muitos admiravam.

Mas pela primeira vez, em um dia de verão, olhou para mim. Por cinco segundos. E depois voltou a escrever como se nada tivesse acontecido. Talvez tivesse sido um momento de puro devaneio. Ou então de fato, finalmente notou a existência da pessoa que notara a sua há muito tempo atrás.

Nunca deixava nada para trás. Como se seu copo de café e caderninho fossem parte de si. E de fato, faziam parte dela. A completavam. E formavam a garota do trem. Encantadora jovem que a esse ponto já tinha arranjado um lugar no pensamento de um desconhecido. Ela era o devaneio.

A garota do tremOnde histórias criam vida. Descubra agora