Capítulo 7 - Pesadelos, Cicatrizes e Lembranças

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BOA LEITURA!!!

"Sono, essas pequenas fatias de morte, como eu as odeio

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"Sono, essas pequenas fatias de morte, como eu as odeio."
Edgar Allan Poe


°°°

Rose olhava para si mesma, via-se em sua cama, como um cadáver mórbido. Ao redor havia a escuridão e um silêncio sepulcral a qual ela flutuava. Quis pronunciar seu próprio nome, no entanto, seus lábios não se moveram. Romeu apareceu, deitando-se ao lado de seu corpo, com os olhos penetrantes, como se soubesse que ela estava ali em cima, fora de si, flutuando. Para ela o homem mantinha-se silencioso, mas, como um leopardo à espreita, aguardando o momento perfeito para atacá-la, então, o leopardo moveu-se, observando o seu corpo morto, e em seguida o viu se aproximar, mais e mais até vê-lo cravar as presas em sua clavícula, o sangue escorreu púrpuro enquanto sentiu ser abraçada e tudo que mais desejava era se salvar, Rose se debateu para alcançar seu corpo, o grito saiu silencioso, mas continuou a se debater até que, inesperadamente, o homem voltou a lhe encarar, com a boca vermelha de seu sangue, sorriu, as presas engrandeceram e ele disse:

Você lembrará, Rose! — A mundana despencou do ar sobre seu corpo.

Rose sentou-se sem fôlego, procurando ar para poder aliviar a dor nos pulmões. Estava quase a acreditar que ainda sonhava quando finalmente conseguiu respirar, o ar foi anestesiando das suas cavidades nasais até seus brônquios. O mundo pareceu mover-se com ela, a cabeça latejou e mal conseguiu enxergar. Seu coração batia em um ritmo rápido e alto bastante para deixá-la com a sensação que ele estava pulsando nos tímpanos. Rose levou uns minutos para conseguir se acalmar, massageou as pálpebras se dando conta que não havia outro barulho sequer ao redor. Quando pôde visualizar percebeu estar em seu quarto, em sua cama desforrada. Sua mente lhe açoitou com as memórias claras daquela noite. Rapidamente sentiu-se suja, conferiu os próprios braços tendo-os limpos. Ficou confusa, lembrou-se de tudo menos de como parou no seu próprio quarto, usando roupas diferentes da noite em que não queria ter passado.

Como estariam limpas se lembrava de ter caído e deslizado pelo chão? Deveria ter arranhões?

Rose se deitou lentamente, fixada no teto como se agora seu corpo imóvel encarasse o seu outro eu, enquanto flutuava. Quis ignorar a sensação mórbida do déjà vu e por um tempo ficou ali, deitada, sentindo a gravidade daquelas lembranças até quando se recordou do demônio, sentou-se novamente, com dificuldade para respirar, como se ele estivesse com as mãos em volta de seu pescoço, o peito doía, sua visão ficou turva. Estava em pânico, lembrar de cada parte lhe deixava em desespero, ficando sem saber se fantasiou, mas parecia real: ele por cima daquele mundano, se desfazendo de um coração humano, dos lábios vermelhos de sangue.

Era real... era real... era real...

A voz de Romeu escoou em sua mente mandando-a inspirar e expirar, e assim Rose fez, inspirou e expirou, inspirou e expirou em seguida, uma, duas, três vezes até ter forças e correr para o banheiro com ânsia de vômito. Se ajoelhou em frente a privada se rendendo a ânsia, no entanto, nada saiu. Rose se apoiou na cerâmica do vaso sentindo-se completamente fora de seu corpo. Engatinhou até a pia se apoiando para levantar-se, no espelho via uma garota perdida e assustada, seus olhos estavam inchados e vermelhos, como estivesse passado a noite chorando.

A Sombria História de RomeuTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang