Capítulo 2

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Quando saímos Peter estava de carro e insistiu em da carona o que seria uma boa, mas Clarice não quis, disse que eu deveria conhecer a cidade melhor, e nada melhor que ir de Ônibus, revirei os olhos com essa decisão e nos despedimos de Peter e fomos andando e paramos em um negócio estranho e tinha uma placa escrito... Hãn...HM.. Ônibus, isso ônibus.

- Bom, agora é só esperar vim o ônibus que passa lá no shopping.- Clarice diz sentando em um banco e eu sento ao seu lado.

- Isso demora muito ? - Pergunto.

- As vezes uma eternidade.- ela diz sorrindo.- Com o tempo você acostuma. Então enquanto esperamos fico observando tudo ao meu redor, quando me deparo com um homem, alto e aparentemente forte, o terno escondia sua forma física. Uma das coisas que aprendi rapidamente em português, brasileiro, sei lá, foi os palavrões e quando aquele homem virou de frente...

- Puta que Pariu, que gostoso.- falo tão alto que o homem vira o rosto em minha direção e eu viro o rosto para Clarice.

- Nossa, gostoso mesmo.- Clarice fala alto mesmo com ele olhando e eu enterro a cara nas mãos. Clarice é a pessoa lerda que todos tem na vida.

- Perdão ? Por acaso vocês estavam falando de mim ? - O homem estava de frente pra mim e eu tiro a cara das mãos.

- Ai sim, minha amiga, achou você um gato.- Clarice fala e eu enterro a cara nas mãos de novo mas logo em seguida encaro ele, Merda, eu já vi aquela cara antes, Merda, Merda.

- Corre.- Grito e sai disparada sei lá para onde e Clarice continuava sentada o homem estava vindo atrás de mim e então parei de olhar pra trás e somente corri. Que merda, eu sabia que ele não tinha desistido de me matar, ele nunca iria desistir, entro em um restaurante que estava muito cheio e me enfio no banheiro, só reconheci que era banheiro por causa da bonequinha. Paro ofegante de frente pra pia e fico debruçada nela tentando recuperar o fôlego. De repente a porta abre e levo um susto.

- A senhorita está bem ? - A moça pergunta.- Vi a senhorita entrar correndo.

- Eu estou bem, eu estava apertada. Só isso.- minto

- Ah entendi.- ela diz sorrindo.

- Ei, sabe dizer se entrou um homem correndo aqui depois de mim ?

- Sim, mas ele saiu em seguida falando em japonês e português ao mesmo tempo, ao como "perdi ela " no telefone.- ela diz um pouco confusa.

- Merda! - praticamente grito e ela me olha assustada.- Obrigada.- digo e ela sai. Eu sabia, eu sabia, eles estão aqui. Lavei meu rosto e me toquei que Clarice ficou pra trás. Saio do banheiro pior que gato quando vê água e sorrio para a garçonete que foi no banheiro e saio do restaurante e vejo Clarice vindo correndo.

- Ai que susto, pensei que tinha perdido você.- ela diz - que loucura foi essa de sair correndo ?

- Loucura ? Aquele miserável veio atrás de mim, ele tentou me matar quando eu fiquei no Japão, eu lembro dele, desgraçado. Eu disse Clarice, eu disse que eles não ia desistir.

- Sinto muito amiga, vamos voltar de táxi.- ela diz e passa o braço pelo meu pescoço e faz sinal para um taxi que vinha, pegamos e demos o endereço, quando chegamos Clarice paga a corrida.
Chegamos no AP e fui direto tomar um banho, eu sabia que agora não teria sossego, descobriram que estou aqui. Ouço a batida na porta do banheiro.

- O que vamos comer hoje ? - Clarice pergunta.

- Sei lá, bota uma lasanha no microondas.

- Uma ? Uma eu como sozinha querida.

- Então bota quatro porque eu to cheia de fome.

- Okay.- ouço os passos dela saindo e então abro o chuveiro e tomo meu banho, visto um dos pijamas da Clarice, afinal nós dividimos as roupas. Saindo do banheiro sinto o cheirinho da lasanha.

- Ai, isso demora demais.

- Verdade. Vamos tirar uma foto.

- Pra que ? - pergunto assustada.

- Ué, pra postar no meu Facebook.

- Você parece que não pensa as vezes Clarice !

- Oras, por que ?!

- Você vai postar foto no facebook, além de me expor irá expor você comigo.

- Não tinha pensando nisso.

- Jura ? - debocho.

- Ah. Mas vamos tirar uma assim mesmo, vou por de papel de parede no meu celular.

- Okay.- digo contrariada
Ela tira a foto saímos ridículas mas como ela disse que iria ficar no celular dela não ligo, a primeira lasanha fica pronta, corro na frente dela e pego para eu ela reclama e eu começo a ri, e enquanto eu como e ela fica mexendo no celular.

- Ei, olha só isso aqui, parece você.

- O quê ?

- Esse cartaz de desaparec...- antes que ela termine a frase eu puxo o telefone das mãos dela, olho e vejo que realmente não desistiram de me matar, estou com dias contados novamente.

Fugindo Do Passado (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora