Capítulo 22

118 6 54
                                    

   Havia alguns homens com suas armas em punho parados ali em frente a nossa porta, Laika da um grito nervoso e eu simplesmente não consigo me mexer, estou em choque, até que escuto uma risada, uma risada nojenta em que me fez despertar de meu estado de choque.

- Jura que vocês acharam que iriam me prender naquele lugar por mais que alguns minutos? - Helena sai do meio de seus 6 homens e também carregava uma arma.- Mãos para o alto agora.- ela grita com a cara tomada pelo ódio.

Fizemos como ela mandava, não por que queríamos, mas era 7 contra 3, 7 pessoas armadas contra 1 armada, porém eles não sabiam disto.

Helena se aproxima, eu pensava que era de mim, mas era de Laika, meu coração dispara, ela não, a Laika não.

Ela puxa ela pelo braço e Laika da um grito, fecho meus olhos, meu sangue está fervendo, raiva e medo misturados.

- O que tem demais nessa garota? Hein?! - Helena pergunta me encarando e encarando Peter.

- Não toque na Laika.- ela fala fazendo uma voz ridícula que eu suponho que ela esteja querendo me imitar. Ela aponta a arma para a cabeça de Laika, meu coração aperta.

O que eu vou fazer?!

Helena se diverte com o meu desespero estampado no rosto. "Click" escuto o destravar da arma.

- Chega de show, Helena, larga a menina.- Escuto uma voz que me causa arrepios.

Helena arregala os olhos sem ao menos olhar quem era e solta Laika que corre e abraça as minhas pernas.

- Só queria mostrar que estamos no comando.- Helena praticamente sussurra.

- Já fez o suficiente.- Diz Eduardo, o qual eu acreditava ser o meu pai, saindo do meio dos homens que trouxe consigo e me encarando com um sorriso malicioso.

- Olá querida.- Não respondo.- Seu silêncio é divino.- ele debocha.- Pegue eles e amarre somente as mãos, depois coloquem no carro, precisamos encontrar mais uma pessoa.

Helena guarda a arma e puxa uma corrente do bolso e começa a caminhar em minha direção. Juro que eu voltei a acreditar com forças divinas naquele exato momento.

Uma bala atravessa a cabeça de Helena, todos se assustam, Laika aperta mais a minha perna, Helena cai na mesma hora, sem vida, e formando uma poça de sangue no chão.

- Mas... o que é isso?? - Eduardo grita enquanto seus homens procuram bem atentos de onde veio o tiro.

- Tem atirador com vocês? - percebo o ódio e pânico em sua voz, ele pega uma arma e eu engulo em seco.

- Seja lá o que for, agora somos 15 contra vocês, acho bom não tentarem mais nada.

Viro meu olhar para Peter ele não esboça reação alguma, continua na mesma posição desde que sua irmã apareceu na porta, acho que ele deve está em algum estado de choque ou coisa do tipo, viu sua irmã morrer, e tudo isso é culpa minha.

- Senhor, temos um tipo de atirador nas redondezas, 3 de nós ja fomos atrás dele.- Um dos homens fala e ele só balança a cabeça.

- Não será mais preciso! - escuto uma voz linda e que sentia falta dela.- Estamos todos aqui, e acho que vocês não irão querer encarar 100 pessoas muito bem treinadas.- Levanto meu pescoço por cima de todos e confirmo quem era.

Clarice, ela estava aqui e veio nos ajudar, eu sorrio com a surpresa.

- Mas, o que significa isso, Clarice? - Eduardo grita em pânico.

Pera ai, de onde ele conhece ela?

- Foi um erro seu vim com poucos homens para cá, foi um erro me contar do pai da Rayka e da Laika, e dar a localização dele.

Fugindo Do Passado (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora