:::: Capítulo 8 ::::

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Capitulo 8

Os dias transcorrem depressa, era quinta feira, fazia exatamente um mês que Natacha havia se mudado para Dendron. Estava um dia chuvoso, e um ar bem refrescante.

- Como chove por aqui. É sempre assim Cristofer?

O moço sorriu e respondeu:

- Dona Natacha, é só a época, depois abre um belo de um sol.

- Assim, fresquinho é bem mais gostoso. - falou Soraia.

- Soraia, preciso sair mais cedo hoje, vou numa reunião com um fornecedor de livros de matemática. Várias pessoas me pediram esse livro, é para a faculdade aqui de perto.

- Não se preocupe Dona Natacha, eu fecho para a senhora. - ela sorriu.

- Cristofer, você poderia ajudá-la, já que Kate não veio hoje? Maldita gripe que ela contraiu.

- Com certeza. Nós nos damos bem não é Soraia?

Cristofer piscou para Soraia, que se sentiu envergonhada. Natacha já havia notado o interesse dele em sua funcionária. Mas Soraia havia dito que não queria nada com ele, pois estava focada nos seus estudos.

- Então, deixo tudo por conta de vocês, meninos. Soraia, não esqueça o alarme.

- Pode deixar comigo. - ela brincou batendo continência.

- Só estou avisando mocinha, porque às vezes você é meio esquecida. - ela falou e deu um apertãozinho em seu nariz.

Soraia riu diante da brincadeira e disse:

- Não esquecerei.

- Eu a lembro, dona Natacha. - Cristofer sorria.

Ela pegou sua bolsa, mandou um beijinho para eles, e foi para sua reunião.

Natacha manteve seu celular desligado durante toda a reunião, e se esqueceu de ligá-lo. A noite já havia chegado quando ela retornou para casa cantarolando uma música, toda sorridente, pois conseguiu fazer negócio com o fornecedor e com um preço muito bom.

- Está alegre hoje querida.

- Oi Fran. Estou sim. Consegui fechar um bom negócio.

- Mulheres de negócio. - Fran sorriu.

- Tudo bem com você, Fran? Faz tempo que não nos vemos.

- Tudo sim. Você precisa vir tomar um chá comigo.

- Preciso mesmo. E Micael, como está? Não vi mais ele por aqui essa semana.

- Ele está bem, só anda um pouco ocupado.

- Hã.

- Está com saudades dele, querida?

- Estou. - ela corou e tentou se justificar - Estou, claro, ele foi muito gentil comigo. Estou devendo um jantar para vocês dois.

- Vou ficar aguardando. E a livraria como está indo?

- Está indo bem. Muito trabalho. - ela fez uma pausa, passando as mãos pelos cabelos.

- Alguma coisa te incomoda, meu bem? - Fran perguntou com seu jeito meigo.

- Fran... - ela procurou as palavras certas e baixou um pouco o tom da voz - Eu tenho impressão que tenho alguns vizinhos, vamos dizer... diferentes.

- Aconteceu alguma coisa? Alguém te fez alguma coisa?

- Esqueça. - balançou a mão - Ninguém me fez nada. É que tenho sempre umas surpresas com eles, mais ainda estou os conhecendo.

DENDRON (somente degustação)Where stories live. Discover now