— Eu estou doente? — Pergunto ao médico a minha frente.
— Não... Quer dizer, não é bem uma doença. Más é grave.
O médico estava me assustando. O que eu tenho? Já estava trêmula.
— Você quer a notícia boa ou a ruim? — Ele me pergunta.
— A boa. — Digo tentando ficar calma.
— A boa é que esses enjôos não são por acaso. Você está grávida.
Grávida?
— De um bebê? — pergunto e logo me arrependo. É claro que era de uma bebê, de uma maçã que não seria.
— É, de um bebê. — ele fala sorrindo.
Também sorrio e olho para a sala que eu estava. Eu conhecia bem essa sala.
— Por que eu estou nessa sala? Isso aqui é para gestantes especiais? Que estão em gravidez de risco? — Pergunto apavorada.
Eu já havia vindo com minha mãe uma vez e sabia como era.
Não,eu não. Por favor.
— Eu sinto muito.
— Eu não tenho probelmas de saúde... Eu...
— Nós encontrarmos resto de material radioativo no seu útero. E isso prejudica tanto você quanto o bebê.
— Então tira de mim.
— Se tirarmos iremos ter que fazer uma cirurgia e como você está no começo da gravidez o feto pode não resistir.
Eu não podia acreditar. Não. Não.
Eu achava que não podia piorar, então olho para o lado e vejo o Oliver do outro lado da parede de vidro.
Começo a chorar desesperadamente. Não, isso não podia está acontecendo. Eu estava grávida. Grávida do Patrick.
Oliver também já sabia o que estava acontecendo. É claro que sabia.
— De quanto tempo? — Pergunto a ele.
— Quase três semanas.
Fecho os olhos e volto a chorar.
— Não há nada que possa ser feito? — Pergunto a ele.
— Sinto muito,mas só podemos iniciar algum tratamento depois que fizermos alguns exames para ter certeza que é isso mesmo. A situação é muito delicada.
— Eu vou perder o bebê?
— O maior risco está com você... — ele diz com um olhar baixo.
Ele se despede e me deixa ali no quarto, sozinha.
Oliver entra no quarto e eu não consigo dizer nada,só chorar.
Ele vem até mim e me abraça meio sem jeito.
— Eu vou perder meu bebê,Oliver... — Digo a ele.
— Não fala isso. Não vai acontecer nada. — Ele fala.
— Você não ouviu o que ele disse. Eles encontram resto de material radioativo no meu útero. Se eles forem tirar podem matar o bebê, mas se continuar aqui pode me matar e matar ele... — Digo e volto a chorar.
— Vai ficar tudo bem. — Ele dizia, mas eu sabia que não. Nada iria ficar bem.
Olho para frente e vejo minha mãe parada na porta falando no celular. Ela estava ligando para o Patrick. Não. Pra ele não!
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Até O Fim (Livro 2)
Ρομαντική"Não há como esquecer,foi intenso,foi dífil...Foi real" Afinal o que é final feliz? O mocinho ficar com a mocinha? Ser felizes para sempre em uma vida sem problemas ou complicações e blá blá blá?Algumas histórias não terminam assim,e isso não signif...