Capítulo 13

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— Eu estou doente? — Pergunto ao médico a minha frente.

— Não... Quer dizer, não é bem uma doença. Más é grave.

O médico estava me assustando. O que eu tenho? Já estava trêmula.

— Você quer a notícia boa ou a ruim? — Ele me pergunta.

— A boa. — Digo tentando ficar calma.

— A boa é que esses enjôos não são por acaso. Você está grávida.

Grávida?

— De um bebê? — pergunto e logo me arrependo. É claro que era de uma bebê, de uma maçã que não seria.

— É, de um bebê. — ele fala sorrindo.

Também sorrio e olho para a sala que eu estava.  Eu conhecia bem essa sala.

— Por que eu estou nessa sala? Isso aqui é para gestantes especiais? Que estão em gravidez de risco? — Pergunto apavorada.

Eu já havia vindo com minha mãe uma vez e sabia como era.

Não,eu não. Por favor.

— Eu sinto muito.

— Eu não tenho probelmas de saúde... Eu...

— Nós encontrarmos resto de material radioativo no seu útero. E isso prejudica tanto você quanto o bebê.

— Então tira de mim.

— Se tirarmos iremos ter que fazer uma cirurgia e como você está no começo da gravidez o feto pode não resistir.

Eu não podia acreditar. Não. Não.

Eu achava que não podia piorar, então olho para o lado e vejo o Oliver do outro lado da parede de vidro.

Começo a chorar desesperadamente. Não, isso não podia está acontecendo. Eu estava grávida. Grávida do Patrick.

Oliver também já sabia o que estava acontecendo. É claro que sabia.

— De quanto tempo? — Pergunto a ele.

— Quase três semanas.

Fecho os olhos e volto a chorar.

— Não há nada que possa ser feito? — Pergunto a ele.

— Sinto muito,mas só podemos iniciar algum tratamento depois que fizermos alguns exames para ter certeza que é isso mesmo. A situação é muito delicada.

— Eu vou perder o bebê?

— O maior risco está com você... — ele diz com um olhar baixo.

Ele se despede e me deixa ali no quarto, sozinha.

Oliver entra no quarto e eu não consigo dizer nada,só chorar.

Ele vem até mim e me abraça meio sem jeito.

— Eu vou perder meu bebê,Oliver... — Digo a ele.

— Não fala isso. Não vai acontecer nada. — Ele fala.

— Você não ouviu o que ele disse. Eles encontram resto de material radioativo no meu útero. Se eles forem tirar podem matar o bebê, mas se continuar aqui pode me matar e matar ele... — Digo e volto a chorar.

— Vai ficar tudo bem. — Ele dizia, mas eu sabia que não. Nada iria ficar bem.

Olho para frente e vejo minha mãe parada na porta falando no celular. Ela estava ligando para o Patrick. Não. Pra ele não!

Até O Fim (Livro 2)Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα