Capítulo 38

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Ele estava em coma. Sem poder se mexer, falar, andar e muito menos me abraçar.
A situação dele já estava me deixando desesperada. Afinal, dois meses já era muito tempo.

— Quando ele vai acordar? — Pergunto e enfermeira que estava do meu lado.

— Quando ele estiver pronto.

Ela sempre dizia isso, e ja estava ficando irritada. Eu queira meu Oliver de volta. Queira seu sarcasmo e suas ironias. Queria seu sorriso e seus braços fortes me apertando. Queria tudo. Queria ele.

A enfermeira saiu me deixando sozinha com ele, novamente.

Logo a Bella chegou com a Victoria nos braços. Minha bebê estava enorme, com grandes olhos e cabelos ruivos. Ja estava engatinhando para todos os lados ,uma fofura só. Queria que o Oliver visse isso.

Ela estava com um pirulito na mão e o chupava alegremente.

— Se minha filha ficar com cáries a culpa é sua. — Digo a Bella.

— Ela não tem nem dente. — Bella diz me dando a Victoria. — Alguma melhora?

— Mesma coisa.

— Sempre soube que ele era muito preguiçoso. — Bella diz bricando.

Sorrio e olho para ele.

— E se ele nunca mais acordar? — Pergunto a ela.

— Oliver é tão possessivo que nunca te deixaria sozinha, para outro homem vim e te pegar.

— Tomara mesmo.

— Ele vai ficar bem. — Ela diz se aproximando de mim. — É só questão de tempo. Acho que esse são os últimos momentos tristes antes do final feliz da nossa história.

— Bella, nossa vida não é como nos filmes. Isso aqui é vida real, onde finais felizes acontecem com rara frequência.

— Tenho certeza de que você pode ser uma excessão a essa regra idiota.

— Obrigado, Bella.

Ficamos conversando por mais um tempo e logo ela teve que ir, pois tinha faculdade. Me despedi da minha boneca e voltei a olhar para o Oliver.

— Juro que minha vontade é te bater até você acordar, Becker.

Digo sorrindo fraco para ele.

— É horrível te ver assim.

Ele não se mexe e nem fala nada. Suspiro e pego em sua mão.

— Quando você acordar, a gente vai embora daqui e vamos viver em paz no fim do mundo.

Uma enfermeira entrou na sala com vários equipamentos e materiais de higiene.

— Ele vai tomar banho agora.

— Eu posso fazer isso. — Digo a ela.

— É o meu trabalho.

— É o meu marido. — Digo a ela.

Ela era jovem e bonita, aposto que queria tirar uma casquinha dele. Incrível que nesses últimos dois meses aqui eu não dei banho nele nenhuma vez. Acho que eles banhavam ele quando eu não estava.

— Chama a enfermeira Lúcia.

— Senhora...

— Eu estou pagando esse hospital, eu mando aqui. Ok?— Digo irritada. Minha nossa, eu estava ficando ignorante como o Oliver.

Ela se retira da sala e logo a enfermeira Lúcia chega. Ela era uma senhora baixinha e robusta. Tinha uns sessenta anos eu acho.

— Pode me ajudar a dá banho nele? — Pergunto a ela

Até O Fim (Livro 2)Where stories live. Discover now