Capítulo 22

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— Você não vai fazer esforço. — digo a Sophia que já ia saindo do carro.

— Larga de ser chato.

— Larga de ser doida. Você quer morrer?

— Se a gente demorar quem vai morrer é q Lara.

— Você fica aqui, eu vou lá.

Sophia era tão teimosa que não quis ficar nem no hotel. O medo de perder ela estava grande, ainda mais agora.

— Você tá grávida e tem que se cuidar então pelo menos uma vez me ouve e para de agir por impulso.

— Tá. — ela diz emburrada e se afogando no banco. — Mas vai atrás dela e trás ela viva, por favor.

— Eu prometo.

— E se cuida, não posso te perder. — ela diz segurando meu rosto.

— Você não vai me perder, eu sou de ferro.

— Não, você não é. — ela diz com lágrimas nos olhos. — Por isso mesmo, cuidado.

— Okay.

Aproximo nossos rostos e ela me beija. Eu a conhecia bem e sabia que ela não estava bem.

— Tem certeza que você vai ficar aqui sozinha? Eu posso te levar pro hotel e depois voltar e ...

— Não, a Lara ta la dentro. Ela precisa de você, ajuda ela.

— Tudo bem, se cuida. Tem armas aqui dentro caso precise e cuidado.

— Te amo.

— Eu te amo.

Dou um beijo na sua testa e saio da carro. Tranco o carro e ligo o localizador que eu coloquei na Sophia. Vou andando até o galpão que ficava a uns cem metros de distância e logo vejo um cara la porta com uma metralhadora na mão. Logo ele vai engolir as balas que estão la dentro.

Passo por ele mas logo ele pega meus braços e aperta contra minhas costas.

— Ora ora quem está aqui. — Adam fala sentado numa cadeira assim que me ver.

Ele está com um sorriso de psicopata no rosto e isso não foi agradável.

— Oliver Becker, que prazer revê -lo.

— Pena que não posso dizer o mesmo.

Rodo meus olhos pelo galpão e logo vejo a Lara encolhida em um canto. Ela estava toda suja com as pernas presas, a boca tampada e o corpo todo marcado. Pode ser frio da minha parte mas eu só vim aqui porque a Sophia pediu. Vivendo ou morrendo, minha vida não iria mudar. Ela não ne afetava em nada.

— Viu como ela tá? Acho que deve tá com muita fome. — Ele fala sorrindo.

Minha vontade de estourar sua cara era tão grande que eu ainda não sabia como estava me controlando.

— Solta logo ela.

— Sem nada em troca? Por que eu faria isso?

— O que você quer?

— Você sabe muito bem o que eu quero. — ele diz se aproximando de mim e sorrindo.

— A Sophia nunca vai ser sua.

— Quem disse que eu quero ela? Eu tô falando de você. Minha maior é te matar lentamente até você chorar sangue.

— Saiba que isso é recíproco.

Ele iria responder quando o celular dele toca.

— Oi meu amor... Anran... Okay... já já. Tudo bem. Beijos. — Ele desliga e volta a me encarar enquanto eu tentava entender aquele telefonema. — Sabia que eu tenho uma mulher e um filho agora? Só por isso não acabei com a gostosinha ali.

Até O Fim (Livro 2)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora