Capítulo 34

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O café que eu tomava estava amargo e forte. Do jeito que eu gostava. Olhei para o relógio e quando ele marcou 15:08 a silhueta da Marília parou na minha frente.

— Hm...oi. — ela diz retirando os óculos escuros e os levando até a cabeça. Sofisticada em tudo, agora sei porque a Perrie gostava dela.

— Oi. — Digo seca tomando mais uma vez um pouco do meu café.

— Cadê o Oliver?

— Ele não pode vim. Estava cuidando da nossa filha. — digo com um olhar vitorioso.

— Sua filha, não é? — Ela diz se sentando na cadeira a minha frente.

— Fala logo o que você quer.

— Eu queria falar com o Oliver.

— Acho que você ja percebeu que ele não está aqui, terá que se contentar comigo.

Ela faz uma cara estranha e encosta os braços na mesa, se aproximando de mim.

— Eu tentei. Juro que tentei. Mas eu não posso continuar fugindo do que eu sinto pelo Oliver. — Ela diz e suas palavras pareciam facas no meu peito. Eu temia isso.

— Você está louca? Ele está comigo.

— Ele estava comigo quando foi atrás de você.

— Mas eu sou o amor da vida dele. Eu que tenho uma filha e toda uma vida com ele. Você... você não é nada.

— Eu apoiei ele quando ele foi te procurar, fui uma otária. E quer saber? Eu mudei. Ser boazinha com tudo só ferra você, eu vou lutar pelo que eu sinto.

— E você acha isso bonito? Digo, se intrometer no relacionamento de duas pessoas que se amam?

— Não, mas acho bonito lutar por um amor.

— Eu tenho uma filha com ele. — Grito irritada.

— Filhos não seguram mais um homem , achei que você soubesse disso.

— Você não tem o direito de tentar fazer algo contra nosso relacionamento.

— Não vou tentar fazer nada. Eu tenho certeza que o Oliver sente algo por mim, pode ser pouco, mas eu tenho certeza que eu posso fazer ele feliz. E quanto a sua filha... Bom, quando ele tiver os próprios filhos dele ele vai se esquecer dela.

— Você é muito idiota em achar que ele vai me trocar para ficar com você. — Digo meio insegura e trêmula.

— E porque não? — ela pergunta me desafiando.

Olho para ela e faço a mesma pergunta, porque não?  Ela era loira, tinha corpo perfeito, dentes perfeitos, era toda... toda vadia.

— Porque ele já tem a mim. Ele não precisa de mais ninguém. E se você não sabe, a gente se casa semana que vem.

Ela parece se abalar um pouco com aquela informação, mas ainda rosna para mim.

— Eu o amo. Não vou desistir dele só porque você também é apaixonada por ele. — Ela diz com lágrimas nos olhos. Lágrimas de crocodilo.

Ah mas quer saber? Dane- se. A Sophia boazinha não existia aqui nesse momento.

— Olha aqui sua piranha, eu sou capaz de fazer qualquer coisa se você tentar tirar o Oliver de mim. Eu e ele estamos felizes, com uma filha linda e um casamento chegando. Não é você, uma puta desgraçada que vai acabar com isso. Antes, eu acabo com você

— Pode dizer o que você quiser. Eu fiquei guardando isso por tempo demais. Eu também mereço ser feliz, de preferência com o Oliver e sobre sua filha, eu adoraria conviver com ela.

Até O Fim (Livro 2)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora