Right Round

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Pode soar clichê, mas quando abro meus olhos, escuto claramente Flo Rida entoando os primeiros acordes de Right Round, trilha sonora de Hangover.


You spin my head right round, right round,

When you go down, when you go down, down...


Percorro aflito os olhos pela suíte. Solto uma gargalhada fenomenal. Ela está destruída. Nós fodemos Bangkok e eu comemoro aquilo. Tropeço em Minho seminu e apagado, estirado no chão, apenas com algumas plumas enroladas no pescoço, como uma puta de luxo. Na sua bochecha há um pinto desenhado e tenho certeza que fui eu quem fez aquilo. Corro para o banheiro checar se roubamos algum tigre e respiro aliviado quando a resposta é negativa. Existem galinhas por todos os cantos. Galinhas de verdade, com bicos, cacarejando e soltando penas. Uma dela está cagando nas costas de Teresa, afundada em um mar de almofadas, garrafinhas de tequila e algumas camisinhas usadas.

- Argh! – gemo com aquilo, torcendo o nariz. – Onde está você, Thomas? – questiono preocupado.

Encontro o moreno dormindo com o rosto apoiado nas teclas de piano Steinway preto, somente de cueca. Pelo seu corpo paro de contar as marcas de batom estampadas, quando elas chegam a mais de trinta e três. Eu me sinto bem, talvez por estar acostumado a fortes emoções como aquelas, onde meu cérebro emana um branco sobre minhas ações. Eu nada lembro depois que bebi a porra da champanhe. Brenda nos dopou. Isso é fato consumado. Checo meu corpo a procura de algum hematoma ou algo que diga o que fiz na noite passada, mas nada aparente.

Uma coisa chama minha atenção; a maquina fotográfica que ela deu está enroscada no pescoço do moreno, que a guarda com afinco. Tento tirá-la sem acordá-lo, mas ele estala os olhos em mim, gritando.

- AHHHHHHHH! TIRE SUAS MÃOS DE MIM! – protesta em um salto alarmado.

- Hey, hey, hey! Calma! – tento a acalmá-lo.

- Por que está quase careca? Por que está quase careca? – ele grita e levo as mãos aos meus cabelos.

- AI QUE BOSTAAAAA! – grito desesperado, pegando o celular e abrindo na câmera frontal.

Meus lindos fios loiros jaziam espaçados na minha cabeça, com diversas falhas absurdas. Sinto vontade de chorar, mas engulo aquilo. Corro até o banheiro e analiso mais de perto o descontrole da noite passada. E ele está gritando sobre a minha cabeça.

- Mas que merda fizemos ontem? – Thomas também nada lembra da noite aparentemente agitada. Ele agora senta na borda da banheira e analisa minha reação diante do espelho – Ah... – suspira indiferente – Até que você não ficou mal assim...

Love LockWhere stories live. Discover now