Fools

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Minha mente hiperativa, possuidora de um cérebro bárbaro, calcula as estatísticas desta viagem.

Cancun, México.

Bangkok, Tailândia.

Londres, Inglaterra.

Paris, França.

Quatro países em menos de 6 dias. Se dormi 72 horas nesse meio tempo foi uma conquista. Mas eu não em importo.

Um cabelo novo. Um hematoma na costela. Quatro dedos de brinde estampados no meu pescoço. Dois beijos – o de Freya não conta! Teresa e Minho juntos. O terceiro item na minha ficha criminal. Um eu te amo vindo de Gally. E atravessando o canal da mancha no Eurotrem, algo incrível e sufocante para quem tem claustrofobia: Eu.

Ao descer do trem, tenho 25 minutos para chegar na Pont des Arts antes da Cruela Cruel e enfrentar Thomas O'Brien. Eu cometeria um assassinato hoje se fosse preciso. Nego todas as comidas que são servidas no vagão e acho que Minho e Teresa transaram de novo na cabine que pegamos. Eu não ligo, contanto que eu transe também em breve.

Batuco o pé insistentemente no chão do trem, esperando ele brecar para poder saltar da plataforma. A voz fresca sai dos alto falantes, anunciando que chegamos em Paris.

A porta abre.

Inicio minha corrida desenfreada, com o Waze em mãos ditando o caminho a ser percorrido. Tessie e Minho ficaram para trás, com minha bagagem. Corro, corro e corro. Nem me dou ao luxo de parar para contemplar a Torre Eiffel no horizonte. A cidade luz deve ser divina quando não se está correndo alucinado por suas ruas confusas. Penso que deve ser tão linda, mas não mais que a cara de Thomas O'Brien quando me ver chegando esbaforido para resgatá-lo.

Eu corro um risco. Isso não é novidade. Posso me declarar para ele e levar um fora animal. Mas não posso conviver com a culpa de nunca ter tentado. Como eu disse antes, escolho ser feliz.

Me restam 10 minutos e sou obrigado a frear minha correria quando o caminho que tomo está interditado. Waze me levou para um cilada. Desgraçado!

Reestabeleço as coordenadas. Imploro para ele calcular rápido uma rota de fuga. Segundo o aplicativo chegarei 2 minutos atrasado e isso é um crime. Não posso me dar ao luxo, por isso aperto os passos, desesperado. Checo o relógio. São 09:59 da manhã. Posso ver a ponta a minha frente e o sol refletindo a água do rio Sena em um brilho forte e digno de uma tomada de cinema. Ela é linda, como imaginei. Forço meus pés a irem mais rápido. Alcanço sua base pelo leste. Nas grades que fazem a proteção, milhares de cadeados do amor presos no metal, com suas juras e promessas de uma vida plena e feliz. Azul. Amarelo. Vermelho. Dourado. Prata. A cor é indiferente. Todos tem o mesmo propósito ali. No fundo do rio Sena, milhares de chaves repousam no silêncio, guardando o que os amantes prometeram ao relacionamento.

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