2 -Querer ou nao querer?

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Eu mal posso esperar para sair daqui. -Here

—Por que eu estou aqui, senhor?- Eu pergunto com tristeza na voz. Quero ver Meus pais... E tudo o que ele fez foi me sentar em um sofá da sua sala bem arrumada.

—Por que eu quero, Isadora.

—Mas, senhor... Eu não quero.

Ele riu enquanto caminhava até um armário, ele pegou uma garrafa e por fim bebeu o líquido sem um auxílio de copo. Eu tinha sede, muita sede.

—Mas eu quero, agora não importa o que você quer ou não. -Ele bufa como se eu estivesse irritando ele. —Estupida!

—Senhor...

—Calada!- Ele rosna e eu choro frustada.

O que está acontecendo? Sinto medo e dor. Não quero ficar aqui, não gosto desse homem. Quero ir para casa com os gêmeos me esperando e meus pais.

—Não chore, garota!- Ele fala em um tom elevado comigo enquanto procura algo no seu armário. Quando ele encontra, vejo que é apenas outra garrafa que ele toma um gole logo antes de vir em minha direção. —Venha, vou te levar ao seu quarto.

Os meus olhos se arregalam e eu murmuro que não. As suas sobrancelhas se levantam como se ele estivesse me desafiando.

—Eu disse: Venha que levarei-te para seu quarto! -Ele berra, fazendo-me estremecer. —Venha!!

Com as pernas bambas, eu sigo até ele e o mesmo parece satisfeito. A sua mão larga agarra meu pulso e por fim, ele puxa-me para as escadas. Andamos pelo corredor em silêncio e eu acabo deixando um soluço sair sem querer, fazendo com que ele me jogue contra uma porta e agarre meus pulsos mais forte.

—Eu já disse para não chorar!!- Ele grita tão alto que meus tímpanos doem e eu choro mais. —Pare ou te darei um motivo sólido para chorar!

Eu engulo em seco e faço o impossível para parar, o homem continua me observando com os seus olhos frios esverdeados.

—Por que?

—Porque eu posso. -Ele diz simplesmente, fazendo-me querer chorar mais, porém me contenho. —A vida é assim, pequena Isadora. -Ele ri de forma doentia enquanto passava a mão por todo o meu rosto. —Uns tem o poder e mandam em tudo e já outros são fracos, inúteis, assim como você é! Estupida!

—M-mas o que eu te fiz? Quem é você?

No momento em que minhas palavras se libertam da minha garganta, ele se aproxima o que faz com que o medo cresça em meu corpo.

—Eu sou Harry Styles. E o simples motivo de você respirar, faz com que eu te odeie. Não cruze meu caminho e me respeite enquanto estiver aqui... Ou então, querida, Será castigada de um forma que ninguém lhe castigou antes.

Eu nunca me importei com o que as pessoas pensam, sempre vivi a minha vida tranquilamente, andei o meu caminho e qualquer obstáculo que enfrentava, eu tinha a minha família como fibra, mas agora eu não tenho eles. O que farei? Quem será minha fonte de fortaleza ?

Após uns minutos de silêncio, Harry bufa e me arrasta até o andar de cima. Ele abre a porta com brutalidade e entra no quarto, eu sigo-o e observo o quarto com choque e admiração. É lindo, não posso negar!

As paredes eram enormes dando um espaço exagerado ao quarto. Havia uma penteadeira ao lado da cama de casal que estava forrada com lençóis brancos de cetim. Existiam dois enormes travesseiros fofos que eu logo apertei entre meus dedos para sentir a sua maciez. Era possível ver também uma escrivaninha ao lado da enorme janela que cobria quase toda a parede. A cor das paredes era um tom claríssimo de verde, os lençóis brancos e a mobília branca fazia parecer que era um hospital, e em minha mente tudo isso era louco porque nesse hospital havia ninguém mais, ninguém menos do que o próprio Lúcifer. Mas o chamam de Harry.

Hurricane || H.S  #wattys2017Where stories live. Discover now