Eu tinha dormindo desde que cheguei do salão, já eram 20:00 horas da noite e eu me lembrei que resolvi deixar o Guilherme falar o que ele quer tanto falar e ele disse que passava aqui as 21:00. Me levantei indo até o banheiro. Me olho no espelho e abro bem os olhos, até que eu gostei dessa cor, ficou legal. Eu até tinha esquecido que pintei o cabelo.
Depois de ter comido _ultimamente só tenho feito isso_ , me joguei no sofá, ficando com as pernas pra cima e a cabeça pra baixo. Liguei a televisão.
Ouço vozes atrás da porta e eu corro pra ouvir.
-Caralho amor, esses dias todos tem sido corrido pra gente, e hoje eu queria sair, sei lá, descontrair um pouco.- A voz do Gabriel com certeza.
-Mas a Mel tá sofrendo sabia?, e eu como amiga tenho que ficar com ela.- Karol fala e eu corro e me jogo de volta no sofá. Não estava ouvindo nada, apenas assistindo, certo?.
-Olha, pode ir, não quero que estraguem a noite de vocês por minha causa.- falo quando eles entram e os dois me olham pensativos.- Sério, podem ir mesmo. Eu fico aqui, sozinha, nessa solidão.- choraminguei.- brincadeira, podem ir mesmo.
-Então tá, mas eu volto logo.- ela me da um beijo no alto da cabeça e sai.
Aí você me pergunta? Será que eles dois já fizeram... fizeram o lepo lepo... se é que me entendem? Se eles já coisaram? É deixa pra lá que eu não estou sabendo explicar essa bagaça. Então, não, eles não fizeram, será que estão se guardando pra depois casamento?.
Começo a rir com meus pensamentos.
Mas se guardando um do outro porque Karol não é mais virgem desde o tempo do bumba _exagerei_, e com certeza Gabriel também não, nunca perguntei a Karol se ele era virgem, isso não ia dar muito certo.!
Ouço batidas na porta e estremeço por tecnicamente saber quem é. Abro a porta e vejo Guilherme encostado na porta com as mãos no bolso de sua bermuda branca, junto de sua camiseta preta de mangas e com aquele troço de colocar na cabeça quando tá com frio, era literalmente uma camisa de frio só que mais pra sair, sei lá. Seus olhos brilham ao me encarar e eu fico sem saber o que fazer.
-É-é, então, entra.- Falo dando. Passagem. Ele senta e fica me olhando. Sento ao seu lado e ficamos os dois sem falar nada.
-Você pintou o cabelo, gostei.-Ele fala.
-Pois é.- sorrio discretamente.
-Posso falar?.- Ele pergunta pensativo e eu assenti.- Então, eu ainda estou me perguntando porque você ficou com raiva se na verdade não houve nada demais, eu apenas fui na casa da Megh porque ela disse que era urgente e quando cheguei lá não era nada demais, eu até ia embora mas ela me ofereceu água, o que eu achei entrando porque quando eu bebi, era tequila pura, e ela começou com um papo estranho, ah, e sem contar que ela estava de langie.... sei lá o nome daqueçe troço. Enfim, ela começou a beijar meu pescoço e eu mandei ela parar, daí ela perguntou se eu não queria e eu disse que não porque, ah, nem lembro mais porque, e eu sai de lá. Foi apenas isso.- ele para pra respirar e eu fico o olhando com os olhos bem abertos.
-A minha mente precisa de um tempo pra processar, bugou.- Falo me levando. Ele levanta e se aproxima de mim.
-Você vai mesmo desistir da gente por causa desse fato ocorrido inesperado?.- ele pergunta me encostado contra parede. Sua respiração estava ofegante. Ele segurou meu queixo e passou seus dedos levemente pelos meus lábios. Que vontade de agarra-lo meu deus, santo deus! Se controla Mel.
-Não foi isso que Megh me disse.- Falo me desvencilhando dele e tentando respirar devido ao "ocorrido" como Guilherme diz.
-Ah, é? E o que ela disse?.- Ele perguntou cruzando os braços relaxadamente.
