"Talvez"

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Estávamos sentados, eu ao lado de Guilherme que acariciava meu rosto com seu polegar, enquanto eu estava com a cabeça em seu ombro. Gabriel estava literalmente jogado no chão com os olhos fechados, Karol o olhava com indignação, Felipe estava sentado no chão, com um braço pousada em sua perna, e Sofia estava jogando um jogo no seu celular.

A casa estava um silêncio, parecia que não havia ninguém. Nós decidimos deixar essa história de viagem pra lá. Mais até que não seria má idéia, mais não iria dar certo, eu estava trabalhando agora.

Eu resolvi quebrar o silêncio.

-Karol!- Chamo sua atenção e ela me olha.- Você lembra de como seu irmão era?.- Faço uma pergunta meio óbvio e ela apenas assente.- Você acha que se encontrasse ele novamente, o reconheceria?.- pergunto.

-Que papo é esse?.- Sofia se manifesta.- Karol tem um irmão?.- Sofia franze o cenho.

-Você nunca me contou essa história direito.- Gabriel fala se sentando.

-Sim, eu tenho um irmão, ou tinha, não sei.- Karol fala como se quisesse encerrar o assunto.

-Continue.- Felipe a olha.

-Ele foi embora de casa a muito tempo, por causa de drogas e sabe lá por onde ele anda, ou se peloo menos.- Ela encara o chão dando uma pausa ao pensar.- Se ele está vivo.- Vejo tristeza em seu olhar que brilha e Gabriel a abraça.

A gente apenas olha os dois até que Gabriel recebe um telefonema e sai da sala pra atender.

-Depois quero conversar com você.- Falo apontando pra Karol.

-Vocês estão cheias de segredos comigo. Mais tudo bem, é desse jeito que a gente conhece as amigas.- Sofia murmura.

-Aí chata, quero conversar com as duas.- Falo pulando em cima da Sofia que faz uma cara triste, fachada.

-A gente tem que ir.- Gabriel fala voltando a sala.

-Maus porque?.- Karol pergunta arqueando uma sobrancelha.

-Resolver uma paradas.- Ele pisca pra Karol, que levanta.

A gente rir e eles saem batendo a porta sem ao menos de dizer um "Tchau". Eles disseram mais ou menos um "Fui". Isso é jeito de tratar os amigos?. Sorrio sim meus próprios pensamentos. Eu e Sofia ficamos conversando até que eu contei do Leonardo, que ele estava em orlando. Vejo uma mão repousar em meu ombro e logo vejo que é a mão de Guilherme.

-Ei, faladeira.- Exclamou franzindo o cenho e eu dou um tapa em sua mão.- Eu tenho que ir.

-Já?.- Pergunto.

-Já, mais se você quiser vir comigo não tem problema.- Ele fala sarcástico. Reviro os olhos e ele sorri.

-Eu te levo até a porta.- Falo e ele me olha desapontado.

Me levanto indo até a porta e dou um " Tchau''  pra Sofia que nem ver, pois estava falando com Felipe na maior empolgação.

-Eu falei sério quando te chamei pra vir comigo.- Ele me encara e eu coro.

-Ah, Guilherme, você sabe...- Antes que terminasse de falar ele gruda seus lábios nos meus me pressionando contra a parede e eu automaticamente levo minhas mãos até sua nuca. Suas mãos descem para o meu quadril e por falta de fôlego paramos de nos beijar.

-Se aquele idiota aparecer aqui, ligue pra mim imediatamente que eu venho até aqui quebrar a cara dele.- Fala em meu ouvido.

-Pode deixar.- Falo e ele beija meu pescoço fazendo com que meus pelos arrepiem.

O Garoto da Sala ao Lado 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora