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Luara

Acordei no dia seguinte abraçada com Pedro o que me deixou bem constrangida. Ele ainda dormia como um anjo, comecei a acariciar seu rosto e aos poucos pude ver o tom negro de seus olhos e um sorriso encantador em sua boca carnuda.

— Bom dia, anjo. — Disse ainda sonolento.

— Bom dia — Sorri.

— Dormiu bem? — Concordei com o cabeça. — Aposto que está faminta, quer descer para tomarmos um café?

— Seria ótimo, mas não tenho uma roupa descente. — Sorri torto.

— Sem problemas, você fica ainda melhor sem roupas. — Minhas bochechas queimaram e ele percebeu meu constrangimento e começou a rir. — Fica aqui, vou resolver seu problema. — Ele se levantou, se vestiu e logo saiu me deixando sozinha no quarto.

Olhei no relógio e já se fazem quase uma hora que Pedro tinha saido. Já estava ficando preocupada, ficava andando de um lado para o outro no quarto até parar em frente à um espelho enorme perto do banheiro, dava para me ver de corpo inteiro. Fiquei olhando meu reflexo, eu estava apenas com uma camiseta de Pedro, eu ainda não tinha parado para pensar o quão foi minha mudança nesses últimos anos.
Ouvi um barulho na porta então olhei de repente, Pedro entrou no quarto com duas sacolas na mão.

— O que é isso?

— Algo descente para você usar. — Sorriu e colocou a sacola na cama. Abri as sacolas e haviam um short jeans preto, uma regata branca e uma sandália branca e dourada.

— Quanto você pagou em tudo?

— Nada de mais. Agora se vista! — Sorriu e eu retribui.

Termino de me arruma e me surpreendo, ficou super certa a roupa.

—Ficou linda! — Rimos, ao mesmo tempo o celular de Pedro começou a tocar. Ele pegou e em seguida me olhou. — Maria. — Sussurrou.

— Atende! — Foi o que ele fez.

— O que você quer agora? —Ele colocou no auto falante.

— Ah Pedro, assim não tem graça! Até quando vai fica se escondendo? — Ela falava com a voz mais melosa possível.

- Fiz uma pergunta, responda! - Pedro foi grosso.

— Aposto que minha querida Luara esta contigo agora. Luara, Luara. Já conversei com você meu bem, sabe o que tem que fazer, não sabe?. — Meu coração gelou, eu sabia o que ela queria dizer.

— Não, ela não está comigo, esta muito bem segura num lugar onde pessoas podres como vocês nunca nem imaginariam! — Pedro estava alterado.

— Por enquanto Pepe. E que bom que ela não está com você, se não ela ia te ver morrer, ou até mesmo morreria junto com você.

— O que quer dizer com isso? — Perguntou.

— Acontece que sabemos onde você. E nesse exato momento tem 10 homens do lado de fora do hotel onde está hospedado, em dois Golf pretos. — Pedro se aproximou da janela e verificou.

— Como chegaram até aqui? — Pedro foi até uma mesa, pegou uma caneta e um papel e escreveu "Faça tudo o que eu mandar", Concordei com a cabeça, ele ameaçou e continuou falando com a Maria. — E quando eles vão entrar? — Ele tirou do auto falante e começou a juntar suas coisas tentando fazer o mínimo de barulho possível, acenou para que eu pudesse seguir.

Descemos a escada em silêncio e ele ainda falava com Maria, como já estava pago ele pediu que eu entregasse apenas a chave do quarto.

— Pergunte por portas pelo fundo. — Sussurrou Pedro tampando o celular. Concordei com a cabeça e me aproximei do balcão.

— Tem portas pelo fundo? — Perguntei ao atendente.

— Tem duas, pela direita no fim do corredor e em baixo das escadas que é mais escondidinho, ninguém acha pra sair e nem entrar.

— Obrigada.

Voltei para perto de Pedro que já não falava mais ao celular.

— Ela nos deu dez minuto, tem portas pelo fundo? — Expliquei a ele.

— Vamos por de baixo da escada.

Ele Psicopata, Ela Suicida (2°Temp) Where stories live. Discover now