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"Eu não posso te dizer que te amei no primeiro momento em que te vi, ou se foi no segundo, ou no terceiro, ou no quarto. Mas eu me lembro do primeiro momento que te vi andando em minha direção e percebi de algum jeito, que o resto do mundo parecia ter desaparecido quando eu estava com você." — Cassandra Clare. 


  Petrópolis


Ás oito da manhã do dia seguinte, Camila saiu do supermercado, carregando uma sacola cheia de frutas e legumes. Ela estava a poucos metros de distância do supermercado quando notou que alguém a seguia. Seu coração começou a bater muito rápido e um suor frio lhe percorreu a espinha. De repente, ela diminuiu o passo e olhou para o lado. Camila virou-se lentamente, mas não havia ninguém. Então respirou fundo e suspirou.

É apenas a minha imaginação, talvez por assistir muitos filmes de terror, ela sorriu para si mesma.

Camila começou a andar novamente. Então viu através da sua visão periférica um homem com roupa preta, camisa de flanela e calça jeans, realmente seguindo-a. Ela não estava louca.

Oh, Deus me ajude! Ela pensou. Um perseguidor ou um serial killer a estava seguindo. Camila caminhou apressadamente, meio correndo, e o homem andou mais rápido também, seguindo o seu ritmo.

Apenas duas quadras mais e ela estaria na casa da sua tia Beatriz!

Ela viu um beco isolado ao lado de um edifício e decidiu se esconder. Segurando o saco de mantimentos firmemente contra o peito, ela espiou ao lado do prédio e se sentiu aliviada ao ver que seu perseguidor tinha ido embora.

Ufa! Graças a Deus, ele se foi. Obrigada Senhor, obrigada Senhor. Ela suspirou com alívio e fez uma oração silenciosa.

Camila estava prestes a sair do canto isolado quando alguém de repente agarrou seu braço por trás. Alarmada e com medo, ela gritou em pânico com toda a força dos seus pulmões.

— AAaaaaaaaaaaaargh!!! — Quando ela gritou, imediatamente a mão do homem tapou sua boca.

O saco de mantimentos caiu no chão, espalhando as frutas e legumes. Ela tentou socar e chutar o homem, mas ele era grande e muito forte. Seu corpo a prendeu à parede e seus pulsos foram presos por uma mão de ferro acima de sua cabeça. Ela lutou e se retorceu, tentando fugir, mas sem sucesso. Em seguida, ela mordeu a mão do homem com muita força.

— Ah! Puta merda! — Ele exclamou e tirou a mão da sua boca. Ele estremeceu e esfregou a mão ferida em seu jeans.

— Socooooorro! — Camila gritou novamente. O homem tapou a boca dela com a outra mão.

— Pare de gritar! Você está atraindo uma plateia. — O homem disse com raiva.

Os olhos de Camila se arregalaram com o choque. Ela olhou para os olhos de seu agressor e percebeu que seus olhos azuis escuros eram vagamente familiares. Ela tentou se lembrar de onde ela o conhecia. Eu o conheço, eu o conheço, ela pensou. Seu atacante olhou para ela, com tamanha ousadia e intensidade que ela se encolheu de medo.

— Eu vou tirar minha mão, mas você tem que prometer que não vai gritar. — Ele falou suavemente para ela como se estivesse falando com uma criança com birra.

Seus olhos azuis estavam travados nos dela e sua respiração estava abanando o seu rosto. Ela podia sentir seu cheiro, uma combinação de colônia masculina almíscar e brisa. Tentando compreender o que ele disse, ela assentiu. Seus olhos estudaram seu rosto sem pressa, traço por traço. Dos seus olhos, um tom escuro de azul, até a ponta do seu nariz bem esculpido, para os lábios finos e queixo forte. Em seguida, ela o reconheceu.

O Bilionário Possessivo (SBI #1)Where stories live. Discover now