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Enzo

- cadê Lex, Kelvin? - perguntei pela milésima vez e ele me olhou irritado.

- Já deve estar voltando - disse ele mas parecia nervoso.

Aconteceu muitas coisas em 40 minutos. Descobrir que há meios sangue em cativeiro trabalhando pra sustentar um gordo e que a Mia foi parar lá. Contei do acampamento meio sangue mas Lex bateu forte na mesa e saiu da lanchonete como um terremoto.

" - foi ao acampamento - informou Kelvin - tirar satisfação com Mia."

Trocamos olhares preocupados.

- e se ela não acreditar? - Zac pergunta

- Ela entrega Mia pra Lenus - diz Kelvin sério - mas não se preocupe, ela vai acreditar.

- por quê tem tanta certeza? - pergunto.

- por que eu acredito que há um lugar melhor para nós - diz ele e continuo preocupado.

Passados 20 minutos Lex aparece desorientada.

- Enzo, Mia foi levada - diz ela e minha cabeça roda, ela gagueja mais alguma coisa mas só escuto - filho da morte.

Caio sentado na cadeira.

- não pode ser - diz Zac

- mas preciso da ajuda de vocês - pede a desesperada.

- para quê?

- ajudar a salvar os meios sangue do Guerra in Paz.

- temos que achar Mia - diz Zac nervoso.

- eu sei, mas temos que ajudar o acampamento Também - falo encarando ele.

- vou atrás da Mia, ajude com o acampamento - Diz Zac se levantando e pegando sua espada.

- Zac.. - começo mas ele me interrompe.

- Nos encontramos no parque - diz ele me dando um sorriso maníaco e saindo pela porta da frente.

- Me leve ao acampamento - falo e nos levantamos, saindo pelas portas dos fundos.

Estava preocupado com a Mia, com essa rebelião, com Tia Carol que estava naquela montanha e com o Zac e seu espírito heróico repentino. Não era para ter deixado ele ir sozinho... Não era...

Mia

Após se puxada por uma escuridão sem fim pelo filho da morte, que descobri ser uma garota, aterrissamos em um parque que estava sendo construído.

Entulhos, ferramentas de construção e materiais estavam espalhados por todo o lado. Ela continuava a me puxar brutalmente em direção a uma entrada na cerca.

- Achei que você trabalhava para seu pai - falei.

- e trabalho, mas ele me pediu seu irmão também, e eu preciso de uma armadilha - disse ela me assustando. Sua voz era fria e firme como uma navalha recém amolada.

Subimos por uma rampa improvisada e entramos em uma caverna, névoa verde pairava por todo lado. Em choque percebi que era o lugar dos meus sonhos, parei repentinamente e fiquei horrorizada.

- vamos - forçou ela me puxando com força.

Tropeçando, comecei novamente a caminhar. Olhei em volta mas a névoa dificultava tudo, passamos por um buraco que tinha como porta trapos e entramos em um lugar menor, tinha grades e uma cadeira com alguém sentado de costas.

- Preciso fazer um acordo - disse ela para a cadeira.

- Claro que quer, creio que seu nome seja vika... - disse uma voz particularmente conhecida.

Os Filhos De ApoloWhere stories live. Discover now