•41• Taehyung

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Kayla Moon

Eu poderia usar milhares de adjetivos bons e ruins para definir o dia de ontem. Coisas ruins aconteceram, ou estavam prestes a acontecer, mas logo depois vieram as boas. Só de pensar que aquela mulher iria tirar a vida de um ser tão doce, misterioso e gentil, fico feliz por ela ter morrido. Nunca imaginei que um dia diria isso. Estou meia que jogada pra escanteio, meu "monitor" que devia me acompanhar não se preocupa mais comigo e eu deveria me sentir livre por isso, se ele não fosse o J-Hope. Acordar e perceber que ninguém preparou o seu café da manhã é um saco. Pelo menos eu tenho o colégio pra me distrair.

O que dizer deste lugar? É um tanto quanto recheado. Há tantas salas aqui dentro, inclusive um ginásio que eu nunca me dei a luxúria de entrar, não me importo com a nota de educação física mesmo. Jimin estava ao meu lado, renovado. Retocou a tinta dos cabelos de novo e dessa vez suas roupas estavam mais decentes, além do seu sorriso estampado no rosto.

Sung Hoon foi demitidodiz ao jogar seu braço ao redor de meu pescoço.

Que bomsorrio.

Agora eu posso me divertir bastante.

Isso é bom.

Posso até socializar, olha sóafastou-se.

O garoto andou em direção a um grupinho de meninas e meninos, que estavam aglomerados frente aos armários escolares. Vira e mexe trocavam sorrisos e gargalhadas, e eu aqui feito uma idiota parada ao observar. Nego com a cabeça e caminho até a sala, não sabia que um passarinho voava tão rápido depois de ser solto da gaiola desse jeito.

Peguei meus cadernos e os depositei na carteira escolar. Boatos diziam que hoje um professor novo iria se apresentar. Começo a rabiscar uma página e um pigarreio de voz é ouvido.

Bom dia, alunos.

Era uma voz familiar, mas conhecer um professor não é algo tão interessante.

Eu sou o novo professor de Matemática de vocêstossiu — Senhorita Kayla, poderia nos mostrar o que faz de tão importante nessa folha de papel?

Como ele já sabia meu nome? Levanto o olhar. Bem que parecia familiar, era Kentin.

Na-nada, professor. Pode continuardou de ombros.

Meu nome é Kentin Clifford. Não sou daqui e sei que pareço novo, mas tenho formação na matéria sim, antes que questionem issofez cara de tédio.

Duas batidas de porta ecoam pela sala e ela logo é aberta, revelando um Jimin suado.

Oi, posso entrar? — aponta para a cadeira ao meu lado.

Kentin assente e ele se senta.

Sempre tem que existir aqueles que não são pontuais, né? Não tem pra onde correr brinca — Enfim, já que estou devidamente apresentado, quero que conheçam o novo colega de turma de vocês, Kim Taehyung.

O garoto que estava sentado na primeira fileira se levanta. Não havia notado a presença dele ali. Ele se vira e revela o barman exterior.

Taehyung! exclamo alto e aceno.

Ele me nota e sorri.

Vocês se conhecem? — Jimin questiona.

Sim. É o seu irmão.

Taehyung, o Taehyung? — o encaro e assinto — Taehyung filho da Jun Hee? Digo, da finada Jun Hee?

Taehyung irmão da Lori, que é sua irmãreviro os olhos — Senta aqui! — aponto para a carteira de trás.

Não acredito que você fez issoo ruivo resmunga.

[•••]

Era recreio e estávamos sentados em uma das mesas do refeitório. Sim, Jimin estava fora da sala, aqui comigo.

Por que chegou tão suado? — pergunto, dando uma mordida no meu sanduíche.

Por que sumiu e não me esperou? — retruca.

Não responda uma pergunta com outra perguntao repreendo.

Não sei por qual motivo, mas ele sorri.

Depois de ter dado a primeira socializada e ter visto o quão chato o povo dessa escola é, sendo que eu gostava, vi que não perdi nada durante esse tempo. Resumindo, fui ao ginásio jogar basquete sozinhosugou o suco pelo canudo.

Não sabia que você jogava.

Tem muitas coisas que você ainda não sabe sobre mimpisca um olho e me arranca risadas.

O assento afunda mais um pouco. Taehyung havia se juntado a nós. Sinto Jimin engolir em seco.

Olá, novos amigos.

Oi, Tae. Quer? — estendo meu sanduíche e ele dá uma mordida.

Você não vai nos apresentar? — sussurra em meu ouvido.

Ah. Taehyung, esse é o afilhado da sua mãe, Park Jimin.

E o garoto engasga. Bato em suas costas. Leva apenas trinta segundos para se recuperar.

Filho de Park Linnus? — pergunta, com os olhos arregalados.

Sou, algum problema? — diz rude.

Eiestapeio seu braço.

É um prazer te conhecer, afinal, somos irmãossorri.

Sua mãe morreu, isso significa que não somos mais irmãosJimin murmura, evitando contato visual.

Eu soube... — o loiro abaixa a cabeça.

Sinto muito digo.

Tá tudo bem, eu sofreria mais se ela ao menos se importasse comigo enquanto era viva.

Por que está aqui? — pergunto.

Porque estou livre das ameaças abusivas de Lori agorajoga as palavras e se curva para morder meu sanduíche mais uma vez.

Meu cenho se franze e Jimin me encara. Do que diabos ele estava falando?

Eu te explico depois, nenémbeija minha bochecha e sai do refeitório.

Ele é meloso demais, não é?

Eu achei fofo e carinhoso. Daríamos um trio e tanto, não acha? — arqueio uma sobrancelha.

Se você diz... — pendura a mochila no ombro e também abandona o recinto.

The Mission • BTSМесто, где живут истории. Откройте их для себя