Frederica, uma adolescente de 17 anos, nerd, doce, linda e muito reservada apaixona-se pelo rapaz mais popular da escola, Carlos. Ele é exatamente o seu oposto, um rapaz vulgar e grosseiro. Digamos que é um conjunto do rapaz certo e errado.
Um dia...
Cheguei a casa coloquei a Grace na cadeira de baloiço e sentei-me no sofá. A minha cabeça está a mil. Só consigo pensar na Abigail e nos meus tios, na dor que eles devem estar a sentir. Uma dor que eu causei, estou tão absorvida nos meus pensamentos que nem foi pela entrada do Carlos.
- Tudo bem? - Que susto. - Desculpa. Estavas a pensar em quê? Deixa-me adivinhar, Abigail. - Vim agora do hospital. A médica disse que... que as chances dela não passar desta noite são elevadas. - Sinto muito. - Dá-me só um abraço. Ele abraçou-me, senti-me tão bem era como se mais nada ao redor importasse realmente. O abraço é interrompido pelo choro da Grace. - Grace. - A minha filhota anda a ficar muito manhosa. Digo enquanto a tiro da cadeira. - Deve ter fome. - Então vamos papar. - Ficar linda a amamentar. - Então quer dizer que eu sou feia quando não estou a amamentar. - Não foi isso que eu quis dizer. Veio o Carlos corar era engraçado deixá-lo atrapalhado. - Estava a brincar. - Parva...
A noite cai, mas está agradavelmente quente. Por isso eu e o Carlos decidimos ir passear com a Grace. Ela adora o carrinho e todos os brinquedos que tem nele, apesar de ainda ser muito pequenina.
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- Queres ir até ao jardim? - Sim, mas antes podíamos passar em casa dos teus pais para eles virem connosco. - Ótima ideia. Chegamos rápido a casa do Carlos afinal não ficava longe da nossa. - Olá mãe, olá pai. Eu, a Frederica e a Grace vamos dar um passeio no Jardim principal, querem vir? - Eu vou estou a morrer de saudade da minha princesa. - Desculpa filho, mas eu ainda tenho e ir ao escritório, mas se conseguir vou ter com vocês. - Tudo bem pai. - Então vamos. Saímos de casa da D.Grace e fomos até a um café perto do jardim, eu queria muito comer gelado. - Mãe! - Sim filho. - Quando é que me vais levar à empresa da família? Eu tenho 17 anos e nunca lá fui. - Filho, mas tu não queres seguir nada que envolva os negócios da família, não tem interesse nenhum ires lá. - Mas eu gostava. - Tudo bem... acho que está na altura de saberes toda a verdade. - Que verdade? - É o seguinte, não há empresa nenhuma de família. - Como? - Carlos nunca ouve. - Então em que trabalhas? - Eu nunca te disse para te proteger. Eu e o teu pai concordamos em só te dizer quando estivesses formado. - Mãe... - Carlos ouve a tua mãe. - Filho isto não era propriamente algo que se pudesse dizer a uma criança. - Pára de enrolar. Se não trabalhar na empresa de família que não existe onde trabalhas?
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- O que é que está a acontecer mãe? - Eu trabalho à 20 anos para o FBI. - Como? - Eu nunca pude dizer-tr porque na maioria das vezes eu estava sob disfarce. - Esperem, isto é surreal. A minha mãe mentiu-me durante 17 anos. Quando é que estavas a pensar contar-me? No dia em que eu me cruza-se contigo nos corredores da agência? Quantas mais mentiras e segredos é que esta família perfeita ainda esconde? - Filho tens de compreender, apesar de o FBI ser muito conhecido ele esconde mais segredos do que se possa imaginar. Nós travamos batalhas maiores que não estão há vista das pessoas. - Eu tenho de sair daqui. Pensar, eu tenho de pensar. Vejo o Carlos ir embora a cabeça dele está tão confusa como a minha, como é que é possível não conhecermos alguém que está connosco diariamente. - Carlos onde é que vais? A mãe dele está mal ela sabe que lá no fundo fez o que era certo, afinal ser do FBI não é tão simples como nos filmes. - Deixe-o ir D.Grace. Ele precisa do espaço dele. Enquanto isso vamos até ao jardim. - Porque é que ele reagiu assim? Afinal ele também quer ser agente. - Acho que ele agiu assim porque se sentiu enganado. - Talvez seja isso. Eu só queria proteger a minha família. - Posso fazer-lhe uma pergunta? - Claro. - Porque é que no seu crachá tem Grace Jones? - Porque o meu nome todo é Grace Catherine Williams Jones e para proteger o Carlos eu coloquei como apelido dele Williams. - Ok, mas dê-lhe tempo ela vai cair em si e voltar ao normal. - Eu espero que sim.