Capítulo 59

2.6K 167 9
                                    

Depois da revelação que a D.Grace fez o Carlos está estranho. Distante sempre que eu falo que vou levar a Grace a casa dos pais dele, ele finge que não me escuta.

- Ok, Carlos, tens de parar com isto?
- Isto o quê?
- De me ignorares quando falo contigo sobre os teus pais.
- Eu não te ignoro simplesmente não quero falar sobre eles.
- Muito bem. Tu é que sabes. Mesmo assim eu vou continuar a levar a nossa filha a casa dos avós.
- TUDO BEM. MAS TEM CUIDADO NÃO A COLOQUES DE FRENTE PARA A MORTE COMO FIZESTE COM A ABIGAIL. Ao dizer aquilo o Carlos fez-me sentir como se eu estivesse a levar um tiro.
- Desculpa? Eu já me sentia culpada sem ti a atirar-me com o que aconteceu à cara.
- Desculpa eu não... Ver a Frederica a chorar partiu-me o coração, só depois de falar é que eu entendi o que tinha dito.
- Eu hoje vou dormir a casa dos meus pais e a Grace vai comigo. Acho que tu precisas de pensar.
- Não espera!!! Eu agarrei-a, não queria que ela fosse. 
- Carlos, eu acho que tu tens de repensar as tuas atitudes.  Por favor larga-me.
- Eu não queria dizer aquilo, mas saiu. Desculpa.
- Agora é tarde. Eu vou fazer a minha mala e a da Grace, acho que um tempo sozinho te vai acalmar.
- Não... Ela foi e deixou-me ali sozinho, eu não queria dizer-lhe aquilo.

Pensamento do Carlos:

Eu não queria ter-lhe dito aquilo e agora ela foi embora e levou a minha filha junto com ela. Eu mudei tanto por ela, deixei de ser Gross, galã e aquele que andava com todas só para manter a popularidade. 

Pensamento da Frederica:

Eu devia saber que isto nunca ia dar certo, quem é que casa com 17 anos? Eu nunca devia ter achado que um grosso como ele ia mudar. Esse foi o meu erro. Agora estou aqui destruída, eu quero parar de chorar e chegar logo a casa dos meus pais.

Quando chego a minha mãe acha estranho eu trazer uma mala.
- Filha o que aconteceu? 
- Mãe eu posso ficar aqui com a Grace por uns tempos?
- Claro filha mas o que aconteceu? Porque estás a chorar? O Carlos?
- Mãe eu agora só quero descansar a não falar disso. A Paloma?
- Está lá em cima. Fazemos assim eu vou lá levar a Grace para ficar um pouco com a tia. E depois vais contar-me o que aconteceu, pode ser?
- Tudo bem. A minha mãe levou a Grace e depois voltou para baixo para falar comigo.
- Então o que aconteceu? Quando a minha mãe se sentou no sofá eu deitei a cabeça no colo dela. Há tanto tempo que eu não estava assim com a minha mãe. 
- Não digas nada mãe, deixa-me só ficar assim aqui contigo. Eu só quero descarregar esta tristeza.
- Está bem, chora o que quiseres.

Acho que sa tanto chorar a soluçar acabei por me deixar dormir. Quando acordei a minha mãe já não estava lá, e eu ouvia duas vozes vindas do corredor. E sai para ver quem era.

- O que estás aqui a fazer? Era o Carlos eu acho que ele não entendeu o que eu disse sobre precisar-mos de um tempo.
- Eu tinha de vir, eu precisava de falar contigo.
- Por agora eu não quero ouvir mais nada. Posso vir a arrependeram do que disser depois de te ouvir. Tu devias ter medido o peso das palavras que disseste, tanto a mim como à tua mãe. Não és tu que queres pertencer ao FBI? Então porque é que disseste aquilo à tua mãe?
- Mas...
- Por favor sai. Eu agora não consigo ouvir mais nada. Tenho muita coisa na cabeça, a minha prima, aquela que me acusaste de enviar para a morte, agora é a minha principal preocupação. 
- Desculpa...
- Saí. O Carlos saiu e eu fiquei ali. Sem saber o que pensar o fazer.

Era Só Uma ApostaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant